Saúde mental infantojuvenil e experiências de profissionais da educação no contexto da suspensão de atividades escolares presenciais na pandemia de Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferra, Mayara Alvarenga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19580
Resumo: O objetivo geral desta dissertação foi descrever e analisar relatos de professores e coordenadores de uma escola pública municipal de Niterói-RJ sobre como eles perceberam seus alunos durante a pandemia de COVID-19 e identificar possíveis ações estratégicas de como a escola abordou a temática da saúde mental durante o período de isolamento social e suspensão das atividades escolares presenciais. Adicionalmente, analisaram-se publicações de instituições nacionais e internacionais de saúde relativas ao tema da saúde mental infantojuvenil no contexto da pandemia, com foco em suas correlações com o “fechamento” de escolas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório na qual houve uma busca em sites oficiais de entidades como OMS/OPAS, UNICEF, FIOCRUZ, ABRASME, ABRASCO, SBP e ABP, a fim de identificar os diferentes discursos sobre a temática da saúde mental infantojuvenil. O estudo contou com a busca em sites e outros meios midiáticos de comunicação para contextualizar sócio-histórico e culturalmente o período de isolamento social no Brasil e no município em questão. Foram realizadas seis entrevistas semiestruturadas com os funcionários da referida escola, a fim de se conhecer suas vivências e experiências quanto ao ensino remoto, o ensino híbrido e a sua retomada para o presencial. Os resultados obtidos foram discursos heterogêneos em relação: à sobrecarga de trabalho; às dificuldades de adaptar-se ao ensino remoto e o acesso à plataforma digital disponibilizada pela prefeitura; à falta de acesso à internet contribuindo para uma ausência dos alunos nas aulas remotas; às ações de acolhimento entre os professores e entre professor/escola-aluno; presença aumentada de alunos com deficiência tanto nas atividades escolares propostas, quanto na demanda de pais e responsáveis durante esse período. Quanto à análise dos materiais publicados pelas instituições citadas, dentre os principais assuntos publicados, compreendendo o período de março de 2020 a janeiro de 2023, estão: dados epidemiológicos do impacto do coronavírus em crianças e adolescentes (número de casos confirmados, número de óbitos e curvatura da onda); impactos da pandemia na educação; saúde mental infantojuvenil e isolamento físico; retorno seguro às aulas e desafios de reabertura. No que se refere aos impactos na saúde mental, os documentos apontaram para: aumento da ansiedade, depressão, transtornos alimentares, insônia, enurese noturna e outros sintomas; desinteresse e perda de perspectiva ou planejamento futuro; desorganização ou surtos em casos de pessoas já em sofrimento psíquico, entre outros.