Sincronias impressas entre o Rio de Janeiro e Porto: Um estudo comparado sobre as representações das mulheres no Jornal das Senhoras (Rio de Janeiro; 1852-1855) e a A Esperança (Porto; 1865-1866)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Isadora de Mélo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18977
Resumo: O presente trabalho teve como fonte e objeto de estudo dois periódicos inaugurados na segunda metade do século XIX: O Jornal das Senhoras (Rio de Janeiro; 1852-1855) e A Esperança (Porto; 1865-1866). Esses periódicos tinham um mesmo público alvo feminino e se relacionam a um contexto comum de ampliação das produções impressas, de reformas urbanas, materiais, nos sistemas de ensino e de transporte que se desenvolviam tanto no Brasil quanto em Portugal no decorrer das primeiras décadas de meados do XIX. Nesse mesmo cenário, as publicações voltadas às mulheres leitoras passaram a ganhar protagonismo e até admitir colaboradoras no interior e na redação dos jornais, como é o caso dos referidos periódicos. Assim, partindo desses impressos que se encontram on-line na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional e na Hemeroteca Municipal de Lisboa, respectivamente, assim como utilizando-se da História Comparada, nos moldes de Marc Bloch e da abordagem da História Política e Cultural, esta pesquisa buscou analisar o cenário conjuntural e historiográfico desses objetos. Examinar seus dirigentes, táticas de venda, produção, além da própria representação feminina contida e idealizada nesses periódicos. Mesmo se situando em décadas, cidades e países distintos, tanto no Jornal das Senhoras quanto em A Esperança encontram-se convergências de ideias em torno da definição das mulheres e sua representação. Esses impressos apresentavam um discurso de cunho religioso que ora consideravam as mulheres seres de virtude e anjo dos lares, ora seres maléficos e maliciosos, voltados para o luxo e a perdição. Além disso, foi possível perceber que ambos os periódicos defendiam que os projetos de educação da mulher deveriam ser atrelados ao papel principal de esposa e mãe, e dificilmente às atividades de escrita e publicação de ideias por meio da imprensa.