Mapeamento crítico de iniciativas de inserção e apoio a trabalhadores/as trans no mercado de trabalho brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribeiro, Jéssyka Kaline Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23572
Resumo: A tese possui o objetivo de mostrar o mapeamento crítico de iniciativas de inserção e apoio a trabalhadores/as trans no mercado de trabalho brasileiro, assim, apresento um mapeamento das propostas e iniciativas governamentais e não-governamentais relativas a trabalho e renda voltadas para a inserção de trabalhadoras/os/es trans no Brasil, e se tais ações possuem características da Divisão Sexual do Trabalho. Partindo do pressuposto da quase ausência do Estado brasileiro no desenvolvimento dessas iniciativas. Os tipos de trabalhos oferecidos pelas iniciativas, com características de precarização e subcontratação reforçam ainda mais os processos de exclusão e transfobia existentes, tendo em vista que existem barreiras na contratação e podem existir obstáculos no desenvolvimento da função empregada. O ainda baixo número de iniciativas encontradas também nos chamou a atenção para o fato de que, de forma majoritária, a sociedade brasileira ainda não enxerga a população trans como seres humanos, nem mesmo dignas/os de venderem sua força de trabalho, tal a cisheteronormatividade que incide sobre esses corpos. A falta de políticas públicas dirigidas à população trans tem sido um agravante para que tais crimes permaneçam subnotificados e não recebam as devidas punições. As pessoas trans permanecem ocupando o que Marx (2017), chama de superpopulação estagnada, trabalhadores e trabalhadoras que não conseguem se inserir no mercado de trabalho, por isso, vagam de ocupação em ocupação para tentar garantir a sobrevivência. Ainda mais grave é que os trabalhos precários sejam naturalizados como a única realidade para essa população. Quando observamos os cenários das políticas públicas existentes no Brasil para pessoas trans, além da falta de garantia ao acesso das poucas políticas, não há quaisquer direitos fundamentais de acesso a trabalho, qualificação profissional, educação, cultura, lazer, segurança, cidadania, entre outros.