Corpos em trânsitos, transes e tranças: Produções de corporalidades por/com mulheres trans
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17368 |
Resumo: | Os investimentos científicos e políticos que lançam olhares sobre as mulheres trans apareceram no Brasil, de forma mais expressiva, a partir da década de 1990. Este interesse foi impulsionado por transformações culturais e políticas (nos movimentos sociais, na academia e no campo da gestão pública), que possibilitaram o reconhecimento de travestis e transexuais como sujeitos políticos, propondo novos desafios e a visibilidade/produção de demandas. Questões relacionadas ao corpo aparecem como relevantes nos estudos e pesquisas produzidas, apontando interfaces entre as transformações corporais e o bem estar, saúde, felicidade, direitos civis. Problematizamos nesta dissertação como mulheres trans produzem corporalidades femininas, compreendendo o corpo, por um lado, como construção histórica, que inclui (mas não se limita a) sua dimensão biológica e material e, por outro, como dispositivo que se (con)figura em/por jogos de poder. Tais jogos produzem corpos valorizados socialmente e, em contraponto, outros que, ao não se enquadrarem em padrões de sexo-corpo-gênero são relegados à zonas de abjeção. Utilizamos a ideia de “campo-tema” para pensar a metodologia deste trabalho. A pesquisa incluiu para a sua construção trânsitos entre eventos, encontros e a realização de entrevistas narrativas individuais com sete mulheres trans residentes da Região Metropolitana de Recife. As análises focalizam três eixos principais: 1) "corpos em trânsitos", no qual são exploradas questões sobre os percursos e transformações empreendidas por essas pessoas com (e em seus) corpos 2) "corpos em transes", no qual organizamos narrativas de afirmação e resistência frente aos binarismos e 3) "corpos em tranças", no qual exploramos questões que articulam (ou não) inteligibilidades aos corpos, lançando olhares sobre o binômio “corpo-nome” e a "estética de classe". Finalizamos (sem concluir) abordando as potencialidades, dificuldades e alcances deste trabalho, especialmente no que concerne à crítica à objetividade científica, apontando questões sobre interlocuções entre corporalidades com educação e religião. |