É permitido esquecer!: Nietzsche e a clínica fenomenológico-existencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Formigosa, Flávio Breno Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17699
Resumo: O presente trabalho pretendeu refletir sobre a concepção de esquecimento do filósofo Friedrich Nietzsche, a partir de uma situação clínica, para problematizar a noção de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) como fator de risco para o suicídio. Ao tomar como ponto de partida um atendimento psicológico na abordagem fenomenológico-existencial, nossa investigação acompanhou os elementos presentes nas sessões para que pudéssemos averiguar o caráter da experiência como principal orientação de análise. Desta forma, nosso caminho investigativo inicialmente analisou de modo crítico, ao apresentar o atendimento, as noções médicas e até mesmo psicológicas que perpassam o consenso normativo sobre tratamento clínico. Após acompanharmos a situação que inspirou a pesquisa, revisamos quais pressupostos sobre memória fundamentam o diagnóstico de TEPT, destacando a historicidade que esses conceitos carregam, para que constatássemos a não universalidade e a insuficiência no que tange à explicação da memória como fenômeno de apreensão temporal. Em seguida, já expostas as noções às quais este trabalho se contrapõe, partimos para as contribuições da filosofia nietzschiana, observando, em primeiro lugar, sua proximidade com a clínica fenomenológico-existencial, e também a pertinência de não recairmos em novas prescrições sobre a prática clínica. Nossa pesquisa pretendeu demonstrar ao seu final como a concepção de esquecimento nietzschiano, entendido não como apagamento mnemônico, mas como gesto de recriação de sentido, é muito oportuno para um exercício psicoterapêutico que prestigie a existência em sua indeterminação e inconstância.