O agôn das forças: lembrança e esquecimento no primeiro Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Carvalho, Manoel Jarbas Vasconcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=53698
Resumo: Esta pesquisa analisa o constante jogo de forças que habitam a memória, a saber: a “lembrança” e o “esquecimento”, à luz da produção filosófica inicial de Nietzsche. A hipótese principal deste trabalho sustenta que a memória é uma faculdade seletiva e, portanto, redutora da realidade, donde se conclui que o trabalho dela é lembrança, mas, ao mesmo tempo, esquecimento. Pois, se a nenhum homem é permitido recuperar a totalidade dos fatos históricos, o olhar retrospectivo não pode olhar sem esquecer. Nesse sentido, a primazia do tema, reside em apresentarmos os constantes jogos da memória, como modus de expressão do pensamento de Nietzsche, fundamento inclusive para o desenvolvimento de seus conceitos tardios. Assim, pensamos ser esta faculdade seletiva o lugar onde habitam as forças, que, com seu agôn permanente, marcam a importância da “lembrança” e do “esquecimento” para o desenvolvimento da história e da vida. Dessa forma, defendemos essa formulação, por acreditarmos ser a memória o “órgão regulador” por onde transitam esses quanta de força. No entanto, com a ressalva de não aludirmos aqui a um reducionismo biológico, ou, mesmo trabalharmos com a hipótese que esteja relacionada a uma teoria mecanicista do homem, pois, é nossa intenção, estabelecermos uma perspectiva que aponta ser o humano uma espécie de microcosmos diante do seu estado macro dimensionado, idéia que só poderá encontrar sustentação, concebendo o maior de todos os valores, como um permanente jogo de “apropriação” e “confronto”, notoriamente marcado sob os domínios da “vontade de potência”. Palavras-chaves: Memória, Lembrança, Esquecimento, Agôn, Vontade de Potência