Velhas e novas roupagens:megaeventos esportivos e política habitacional na cidade do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13393 |
Resumo: | Um tema importante que envolve nossas cidades é o desafio de relacionar ao mesmo tempo políticas públicas, com exigências sociais e a concepção de cidade e planejamento urbano segundo seu modelo de gestão. Ao analisarmos como a política habitacional vem sendo praticada na cidade do Rio de Janeiro, focando desde 2009, quando a cidade foi escolhida para sediar os jogos olímpicos, até o presente momento, observamos que esta reflete a inserção da cidade num modelo de gestão baseada no empreendedorismo urbano como modalidade de governança. Trazemos neste sentido, como questão central, a apropriação dos megaeventos esportivos no (re)delineamento da política habitacional na cidade do Rio de Janeiro. Metodologicamente, esta pesquisa aponta para a análise das políticas habitacionais e suas práticas, por meio das informações de remoções e reassentamentos de famílias através dos dados da Gerência de Terras e Reassentamento (GTR) da Secretaria Municipal de Habitação (SMH). Apresentamos um panorama dos reassentamentos no contexto de quantas famílias foram removidas, em que condições, e para onde foram, são alguns dos dados aqui expostos. Concluindo que embora pareça que a política de erradicação das favelas havia definitivamente desaparecido de cena, a ideia de desfavelizar a cidade continua, entretanto, a subsistir e retomou alento ultimamente em razão da expansão das favelas nos últimos anos, da escalada da violência, mas, sobretudo, por conta da preparação da cidade para os megaeventos esportivos internacionais, que reacendeu o mercado imobiliário, expondo interesses que compõem o cenário neoliberal contemporâneo, tais como a adoção do paradigma de planejamento e gestão das cidades por meio de projetos estratégicos na política habitacional. |