Jovens, programas sociais e pacificação: as alternativas de gestão estatal da pobreza e violência na Cidade de Deus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pinto, Marcella Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8412
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar algumas estratégias adotadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro na tentativa de controlar a violência urbana e de gerir os territórios de pobreza. Essas políticas e práticas de gestão e controle foram implementadas recentemente mediante o Projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e pelo Centro de Referência da Juventude (CRJ) em Cidade de Deus (CDD) e em outros territórios. Esse processo teve como base a mercantilização dos espaços, dos territórios, das vidas, modos de habitar, relacionada à consolidação de um novo modelo urbano que se configura no contexto da preparação do Rio de Janeiro para os grandes eventos . Dispositivos discursivos e técnicos foram acionados na tentativa de revitalizar, produzir ações criativas e dar assistência para o desenvolvimento do espírito empreendedor, individual, coletivo e local, justificado como necessário para a melhoria das condições de vida dessa população, mais precisamente dos jovens moradores de Cidade de Deus (CDD). Busquei identificar o sentido dessas políticas e práticas que tentaram estabelecer um ambiente controlado para os novos negócios, bem como dos trânsitos e fluxos dessa juventude na cidade do Rio de Janeiro. O desafio que se apresentou para mim foi deslindar os nexos que articulam a gestão dos espaços e as formas de controle dos jovens de CDD pela lógica do empreendedorismo.