Ponto Ótimo Cardiorrespiratório: aspectos metodológicos, fisiológicos e clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ramos, Plinio dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8222
Resumo: As variáveis ventilatórias obtidas através da análise de gases expirados durante um teste cardiopulmonar de exercício máximo (TCPE) tem sido alvo de diversos estudos consistentes, tanto do ponto de vista fisiológico quanto clínico-epidemiológico; contudo, ainda há dados a serem melhor explorados. Nesse sentido, a presente tese explora aspectos metodológicos, fisiológicos e clínicos do menor valor do equivalente ventilatório de oxigênio obtido em um dado minuto de um exercício incremental realizado em cicloergômetro de membros inferiores, doravante denominado como Ponto Ótimo Cardiorrespiratório (POC). Para tanto, esta tese foi constituída por quatro estudos originais com os seguintes objetivos: 1) determinar o comportamento do POC em função do gênero e da idade em adultos saudáveis e verificar a associação com outras variáveis do TCPE; 2) investigar a estabilidade do POC em TCPEs máximos clínicos realizados em cicloergômetro de membros inferiores; 3) analisar o comportamento do POC de pacientes com transtorno de pânico e 4) investigar o valor prognóstico do POC na mortalidade por todas as causas em indivíduos entre 40 e 85 anos de idade. No primeiro estudo foram selecionados 624 indivíduos saudáveis submetidos ao TCPE máximo, para descrevermos o comportamento da variável. Verificou-se que o POC aumenta com a idade, é menor nos homens 23,2±4,48 vs 25,0±5,14, (p<0,001), e ocorre, em média, a (44% do VO2max) e antes do LA (67% do VO2max) (p<0,001). No segundo estudo foram analisados retrospectivamente 222 pacientes com duas avaliações separadas em média por um ano para verificarmos a estabilidade do POC. Observou-se uma alta associação -(ri = 0,87; IC95% = 0,82 a 0,90). No terceiro estudo analisamos o POC em 52 pacientes com transtorno de pânico (TP), que foram comparados com um grupo controle de mesmo tamanho e características, tendo sido encontrado que o POC não diferiu entre pacientes e controles (21,9±0,5 vs 23,4±0,6; p=0,07); Similarmente, não houve diferença para POC para os dois subgrupos de pacientes com TP TCPE máximo e submáximo (22,0±0,5 vs 21,6±1,3; p=0,736). Finalizando o quarto e último estudo verificou o valor prognóstico do POC em uma coorte retrospectiva de 3331 indivíduos submetidos ao TCPE, onde valores > 30 de POC foram associados com maior mortalidade (p<0,001), RR = 6,86 (IC95%=3,69 a 12,75; p<0,001), sendo portanto o POC um bom indicador prognóstico submáximo de mortalidade por todas as causas obtido durante o TCPE, mesmo quando ajustado por idade, sexo, IMC e VEF1/CVF (RR ajustado=3,72; IC95%=1,98 a 6,98; p<0,001). Portanto, o POC, uma variável adimensional e avaliador independente obtida à níveis submáximos do exercício incremental, pode ser uma variável útil e complementar a ser explorada no TCPE.