Pulso de oxigêncio: da fisiologia ao valor prognóstico em indivíduos saudáveis e com doenças cardiovasculares
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8204 |
Resumo: | A presente tese de doutorado foi desenvolvida com o objetivo de elucidar alguns aspectos relacionados ao valor prognóstico do pulso de oxigênio máximo (O2p) e ao comportamento da curva do O2p durante o exercício progressivo máximo. Para tanto, foram desenvolvidos três estudos originais sobre esta temática. No primeiro estudo investigamos se o O2p apresentaria valor prognóstico adicional ao consumo máximo de oxigênio (VO2max) em pacientes com ou sem doença cardiopulmonar, e ainda, se a presença de déficit cronotrópico negativo, uso de betabloqueador e peso corporal poderiam afetar essa associação. Durante um período médio de acompanhamento de 6,3 ± 3,2 anos, 126 pacientes, de um total de 948 submetidos a um teste cardiopulmonar de exercício (CPX), morreram. Os resultados revelaram que, quando comparados aos pacientes com ambas as respostas consideradas normais para o VO2max e o O2p, aqueles que apresentaram ambas as respostas anormais (VO2max < 16 mL.kg-1.min-1 e O2p < 12 mL.batimento-1) possuíram um risco relativo ajustado de mortalidade quase três vezes maior (RR 2.73 IC a 95% 1.73 a 4.32) e tempo de sobrevida em 10 anos significativamente reduzido (59% versus 88%; p<0,05). Deste modo, os resultados do primeiro estudo sugerem que o O2p absoluto e relativo é um importante preditor de mortalidade. No segundo estudo, a habilidade do VO2max e do O2p relativo máximo em predizer eventos cardíacos foi investigado em 998 pacientes com insuficiência cardíaca. Durante o período de acompanhamento médio de 28 ± 26 meses, 212 eventos cardíacos ocorreram (176 mortes). Pacientes exibindo ambas as respostas anormais para o VO2max (<14.3 mL.kg-1.min-1) e o O2p relativo máximo (<85% do previsto para idade) apresentaram um risco relativo ajustado de mortalidade cardiovascular aumentado em aproximadamente 5 vezes (RR 4,8 IC a 95% 2,7 a 8,5). Mais importante, o O2p relativo máximo foi capaz de estratificar o risco de mortalidade cardiovascular entre os pacientes de difícil tomada de decisão clínica, que apresentaram o VO2max entre 10 e 14 mL.kg-1.min-1. Pacientes apresentando valores nesses limites de VO2max e com O2p relativa máximo inferior a 85% do previsto para a idade apresentaram uma taxa de sobrevida em 3 anos equivalente ao observado para aqueles pacientes com valores de VO2max menores ou iguais a 10 mL.kg-1.min-1 (57% versus 60%, respectivamente). No terceiro estudo, após observarmos o valor prognóstico dos valores absolutos e relativos do O2p nos dois primeiros estudos, decidimos investigar o comportamento da curva do O2p em resposta ao exercício progressivo máximo em 100 indivíduos reavaliados em um tempo mediano de 15 meses, em idênticas condições clínicas e de testagem. Para a análise do comportamento da curva do O2p, a amostra foi divida em quintis de O2p máximo relativo ao peso corporal e suas inclinações e interceptos comparados entre os CPX. Como principais resultados, podemos destacar que, após excluir o primeiro minuto do CPX (transição repouso-exercício), a curva do O2p demonstrou um aumento linear com a intensidade do exercício, permanecendo estável em todos os quintis, uma vez que diferenças significativas não foram observadas entre as inclinações e interceptos das curvas de O2p. Deste modo, após a exclusão do primeiro minuto do CPX, a curva do O2p exibiu um aumento linear, permanecendo estável em um estudo com delineamento de teste e re-teste aonde os sujeitos serviram como seus próprios controles |