Segregação e desigualdades socioespaciais no município de Duque de Caxias: uma análise comparativa dos bairros surgidos entre 1945 e 1952
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13263 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é analisar as origens e as características das desigualdades socioespaciais presentes no município de Duque de Caxias, cuja economia expressiva contrasta com as precárias condições sociais de muitos de seus residentes. A metodologia aplicada consiste na comparação de dados de escolaridade, renda, tipo de moradia e infraestrutura dos bairros Jardim 25 de Agosto, Doutor Laureano, Gramacho, Pilar, Jardim Primavera, Saracuruna, Parque Paulista e Parada Angélica. Apesar de espacialmente afastados uns dos outros e com distâncias variadas em relação ao núcleo da cidade, os oito bairros escolhidos surgiram de loteamentos populares criados na mesma época, entre 1945 e 1952, período imediatamente posterior à emancipação municipal, ocorrida em 1943. Com isso, buscou-se entender de que forma as políticas públicas locais e os loteamentos populares realizados em Duque de Caxias à época influenciaram na produção da segregação socioespacial existente no município atualmente. Identificou-se a presença de disparidades internas nos bairros, e concluiu-se que a segregação em Duque de Caxias possui um componente espacial associado ao gênero e à renda. Foi possível constatar que o bairro Jardim 25 de Agosto possui indicadores muito superiores aos outros sete bairros analisados, representando um enclave de renda elevada em meio à periferia metropolitana. Os dados socioeconômicos confirmaram um padrão urbano ainda predominantemente calcado no modelo centro-periferia, uma vez que renda e infraestrutura estão fortemente correlacionadas e pioram quando que se observam os bairros espacialmente mais periféricos. Conclui-se também que a política clientelista promovida e mantida pela elite local colaborou na manutenção do município como um espaço de carências e problemas estruturais. Assim, constatou-se que os investimentos e as políticas públicas realizadas em Duque de Caxias têm sido direcionados a atender prioritariamente os interesses do capital industrial, comercial e imobiliário, o que promoveu uma apropriação desigual do espaço urbano |