Construindo caminhos para comunicar: o uso do dispositivo gerador de fala para crianças com autismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nascimento, Fabiana Ferreira do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22055
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que pode aparecer nos primeiros anos de vida da criança. Sua apresentação pode variar em níveis de suporte e se manifestar de diversas formas compondo assim distintos quadros clínicos. Pessoas com TEA podem apresentar alterações relacionadas ao déficit ou ausência de linguagem e comunicação social e padrões de comportamentos repetitivos e/ou estereotipados. Essa investigação considerou a comunicação como um processo não linear que envolve além das condições biológicas, as sociais, históricas, de interação e de intersubjetividade da pessoa. Nosso levantamento nos mostrou que um dispositivo gerador de fala (DGF) pode ser visto como um recurso tecnológico bastante promissor quando se trata de estimular, suplementar, contribuir e/ou possibilitar o desenvolvimento da linguagem e da comunicação para crianças com necessidades complexas de comunicação (NCC). Essa pesquisa teve como objetivo principal verificar os efeitos do DGF nas habilidades comunicativas de crianças, com diagnóstico de TEA e que apresentassem NCC, a partir de atividades lúdica-pedagógicas. Os três participantes tinham idades entre 5 e 10 anos e cada um foi acompanhado exclusivamente no seu ambiente escolar, familiar ou terapêutico. Inicialmente selecionamos um aplicativo para ser utilizado nas sessões de intervenção: LetMe Talk: Aplicação Grátis CAA; em seguida realizamos uma revisão narrativa sobre o tema. A metodologia utilizada foi a pesquisa quase experimental intrassujeito com delineamento AB (linha de base e intervenção). Para a coleta de dados utilizamos registros videografados, entrevista semiestruturada e diário de campo; e para a análise dos dados utilizamos o registro de frequência dos comportamentos a partir da análise de dois observadores. Estratégias do ensino naturalístico e o desenvolvimento de instrumentos culturais que pudessem favorecer a aquisição da linguagem pela perspectiva vigotiskiana compuseram as nossas reflexões e respaldaram as nossas ações. Os resultados apontaram para impactos positivos do uso do DGF no desenvolvimento da linguagem e da comunicação dos participantes. Acreditamos que o uso das estratégicas naturalísticas, com ênfase para o arranjo ambiental e modelagem foram fatores diferenciais para que os participantes utilizassem mais os símbolos concretos para se comunicarem. Além disso, consideramos que o DGF enquanto instrumento cultural abre novas possibilidades para crianças que precisam usar um recurso alternativo para se comunicarem e interagirem com seus parceiros comunicativos