Comunicação alternativa na educação infantil: efeitos de um programa de formação docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fonseca, Juliana Tavares dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22888
Resumo: O censo escolar de 2022 indicou um aumento no número de crianças com TEA matriculadas nas classes regulares na Educação Infantil. Com este aumento surgem desafios, principalmente no que se refere à comunicação, pois é sabido que grande parte das crianças com risco de TEA possuem dificuldades ou atrasos para desenvolver a fala e a comunicação, prejudicando assim outros pontos do desenvolvimento. É preciso garantir a esses estudantes os direitos estabelecidos a eles, e aos professores, a formação continuada para contribuir com sua prática docente. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de um programa de formação docente na interação professor-aluno no contexto da Educação infantil. Participaram deste estudo uma criança de quatro anos, diagnosticada com TEA, matriculada no nível 4 de uma escola privada, sua mãe, e uma professora regente da classe regular. Este estudo teve um caráter quali-quantitativo no qual se utilizou um delineamento quase-experimental intrassujeito, do tipo A-B. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas. Instrumentos de avaliação: Lista de Avaliação de Vocabulário Expressivo, Matriz de Comunicação e videogravações. Foram observadas três rotinas escolares: rodinha, lanche e brincadeira livre. O programa de formação continuada foi conduzido pela pesquisadora, e contou com três sessões de formação. A temática das sessões dividiu-se em: Conceito de Comunicação Aumentativa e Alternativa, Estratégias de Ensino Naturalístico e sessões de autoscopia. Os resultados sugerem que o processo de formação continuada influenciou nas estratégias empregadas pela professora durante as rotinas observadas, resultando no aumento da quantidade de turnos e na modificação das modalidades de turnos empregadas pela díade. Em análise dos dados qualitativos, foi possível observar uma mudança comportamental onde a professora mostrou-se mais atenta às necessidades individuais do estudante, enquanto este apresentou uma diminuição dos comportamentos ansiosos antes apresentados como, morder a blusa a todo o tempo. Esta pesquisa é relevante diante da necessidade de investigar acerca da implementação da Comunicação Aumentativa e Alternativa ainda na primeira infância no contexto escolar, contribuindo para o processo de formação continuada de professores e fornecendo dados para a intervenção de crianças com TEA matriculadas na etapa da Educação Infantil. Pesquisas futuras podem debruçar-se no estudo de rotinas de brincadeira livre, estabelecendo outras formas de observação que possam considerar o contexto deste ambiente. Além disto, seria interessante que futuros estudos possam avaliar as interações comunicativas da criança com necessidades complexas de comunicação e seus pares na etapa da Educação Infantil, oportunizando a comunicação amplamente neste ambiente, e não focando somente na díade professor-estudante.