Gênero, geração e raça: o cabelo como analisador para pensar mulheres negras em Nova Friburgo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Débora Barbosa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18379
Resumo: Esta pesquisa teve como propósito cartografar a trajetória de mulheres negras residentes na cidade de Nova Friburgo a partir dos escopos analíticos de gênero, geração e raça. Buscou-se compreender as dinâmicas vivenciadas por essas mulheres considerando as fases da vida, abordando o racismo e os desafios em relação à construção de uma identidade preta afirmativa. A pesquisa explorou a relação das afros friburguenses com o processo de tornar-se negras, analisando os efeitos do encontro com a negritude em uma cidade da região serrana do Rio de Janeiro, erguida sob a narrativa de um apagamento histórico da população negra e a pretensão de ser uma “Suíça brasileira”. Trata-se de uma pesquisa cartográfica que fez uso da entrevista como ferramenta. Foram entrevistadas 8 mulheres negras com idade entre 24 a 89 anos, moradoras de Nova Friburgo, de maneira remota através de plataformas digitais. Ao longo da pesquisa, foi perceptível a presença do cabelo crespo enquanto o principal analisador das narrativas produzidas nas entrevistas, destacando o processo de transição capilar como um marco significativo no processo de tornar-se negra, marcando de diferentes formas as várias gerações. Ao destacar o cabelo como elemento central e organizador desta cartografia, pretendeu-se discutir como se estruturam os ciclos vivenciados por mulheres negras em uma cidade permeada por símbolos e aparatos coloniais, que articulados aos mecanismos racistas seguem invisibilizando trajetórias negras.