Cabelo crespo, o espelho da raça: as interações entre as novas mercadorias de consumo e a beleza da mulher negra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rocco, Aline Tusset De
Orientador(a): Vieira, Miriam Steffen
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6356
Resumo: Esta dissertação visa tratar sobre as interações entre novas mercadorias de consumo e a beleza negra, mais especificamente o cabelo crespo, levando-se em conta os estudos já realizados sobre a estética negra, assim como a agenda do feminismo negro. Através de uma etnografia em eventos como o CacheiaSul e a Marcha do Orgulho Crespo em Porto Alegre, assim como uma etnografia digital em canais do Youtube que tratam sobre cabelos crespos, busca-se compreender a relação entre o consumo de produtos para o cabelo crespo e a construção de uma beleza negra pelas mulheres negras. Interessa contextualizar o processo de busca das mulheres negras pelo reconhecimento nas dimensões estética, política e social, além de observar e analisar a possível construção da identidade estética das mulheres negras através das novas mercadorias de consumo para cabelos crespos. Deste modo, busca-se analisar a possível construção e afirmação estética das mulheres negras através da possibilidade de criação e interação em vídeos disponíveis no Youtube. O intuito de fazer uma etnografia digital, que se relaciona também a militância fora das redes sociais, é de compreender os usos dos produtos, além das relações entre as mulheres negras, as mídias, e as novas mercadorias estéticas, a fim de perceber possíveis espaços de visibilidade para a beleza negra através do consumo. Por fim, visa-se analisar esta interação na tentativa de compreender dimensões da estética negra percebidas também como resistência política e social pelas mulheres negras.