Da experiência à vivência: um percurso de Weber a Dilthey
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22949 |
Resumo: | Este trabalho se situa no âmbito da teoria do conhecimento das ciências sociais. Tenta-se, aqui, apontar para um movimento teórico de deslocamento da experiência [Erfahrung], de cariz kantiana, à vivência [Erlebnis], tentando visualizar suas possíveis implicações para a sociologia. A passagem de uma a outra é realizada por uma leitura filosófica de Weber e uma de Dilthey. O gesto de deslocamento da experiência à vivência, se aparenta ser simples ou banal, revela, a bem verdade, o corpo de duas gigantes construções teóricas e duas lógicas investigativas bastante distintas para as ciências sociais. Em síntese, pela experiência temos sempre o ato objetivante por parte de um sujeito do conhecimento que, de forma relativamente externa, objetiva pelo conceito o que é imediatamente dado ou vivido, elaborando e transformando-o em objeto propriamente do conhecimento. Se com a experiência temos, por um lado, uma lógica empírica, com a vivência temos, por outro, uma hermenêutica. Portanto, com a vivência temos uma relação imediata com o objeto social, sendo ele dotado de uma validade inata, que não exige uma lógica exterior ao contexto da própria vida. Tem-se, assim, com a vivência, um círculo ontológico entre sujeito e objeto. Todo esse movimento sobre os conceitos de experiência e vivência é aqui empreendido tendo como pano de fundo uma reflexão sobre a lógica das ciências sociais, e não uma sociologia das ideias. Faz-se isso, em última instância, visando um duplo gesto: uma reconstrução teórica, portanto, e uma abertura teórica para se pensar sobre a possibilidade de uma "sociologia da vivência". |