Balanço e espiral de carbono sob a perspectiva teórica de ecossistemas para ecologia de riachos
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4947 |
Resumo: | O estudo do fluxo de energia e matéria através do paradigma ecossistêmico é um dos principais temas em ecologia de riachos. Uma diversidade de conceitos e abordagens nessa perspectiva foi desenvolvida, com considerável avanço para teoria ecológica. O balanço de carbono (C budget) é uma das principais abordagens utilizadas. O conceito de espiral (spiraling), por sua vez, traz ideias essenciais de conectividade longitudinal de elementos em transformação através do sistema. Apesar de ter sido proposta a longo tempo a abordagem de espiral do carbono orgânico (SOC) é pouco utilizada por ecólogos de riachos. Além de ser essencial para o entendimento da estrutura e funcionamento do ecossistema lótico, SOC emprega algumas das variáveis operacionais utilizadas em estudos de C budget. Apesar disso, são raros os estudos que se utilizam das duas abordagens. A presente tese teve como objetivo elucidar processos ecossistêmicos de fluxo de carbono ao longo do contínuo de rio através das duas abordagens, analisar sua interconexão em termos de métricas, e descrever os principais preditores de resultados gerados. Para isso, foram feitas campanhas entre Jun/13 e Abr/16 em cinco pontos do Córrego da Andorinha, Ilha Grande, RJ, um riacho curto de alta conectividade longitudinal. Foi observada uma variação temporal de aporte alóctone, com maiores taxas ocorrendo na estação chuvosa , relacionada a eventos extremos mais prováveis de ocorrerem nessa estação. As taxas de aporte ao longo do contínuo variaram de acordo com a estrutura da zona ripária no trecho. A exportação total de carbono orgânico (OC) foi maior nos trechos de maior vazão, e nos meses de maior vazão, mas não nos meses da estação chuvosa . A relação entre aporte e exportação de OC grosseiro (I/O) regulou processos de acumulação ou subtração, que parecem trocar a predominância de acordo com fatores hidrológicos regulados em larga escala espaço-temporal. Cálculos de SOC resultaram em um padrão de curva gaussiana no gradiente nascente-foz, com maior comprimento de espiral no médio-curso, e menor na nascente e na foz. Fatores hidrológicos regularam concentrações de OC transportado (TOC) fino e dissolvido, principais cargas de C no cálculo de SOC. Concentrações de TOC ao longo do contínuo se inverteram em evento de cheia, que exportou em 8h o montante esperado para um mês em situação basal. Em se tratando do impacto das mudanças climáticas no funcionamento de ecossistemas, processos de fluxo de C tendem a se alterar principalmente em função de mudanças no padrão de chuvas e secas. Perspectiva de integração e melhorias quanto às métricas das abordagens são discutidas |