A mulher como performance: as máscaras poéticas no Livro de “Soror Saudade”, de Florbela Espanca.

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Andrade, Danielle Meireles de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Letras
• Palavras-chave em Português: Sonnet; Poetic masks; Woman; Performativity; Florbela Espanca; Soneto; Máscaras poéticas; Mulher; Performatividade; Espanca, Florbela, 1894-1930 - Crítica e interpretação; Espanca, Florbela, 1894-1930. Livro de “Soror Saudade”; Mulheres na literatura; Poesia portuguesa – História e crítica; Performatividade de gênero; LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19073

Nesta dissertação, foram realizadas análises acerca das máscaras poéticas presentes no Livro de “Soror Saudade” (1923), livro de sonetos da poetisa portuguesa Florbela Espanca. A máscara da monja será a principal figura feminina retratada neste texto, no qual, numa leitura pormenorizada, características divergentes dessa imagem são notadas. Seguindo a tradição, a figura da freira estaria ligada ao convento, ao confinamento e à introspecção. Porém, quando analisada detalhadamente, a monja começa a dar indícios do desejo por liberdade, buscando explorar a corporalidade e o prazer sexual. Além da abordagem e do aprofundamento das imagens femininas no livro de sonetos florbeliano, a proposta desta dissertação visa explorar a própria significação de “gênero” e “mulher”. Para isso, oportunamente, a obra da filósofa estadunidense Judith Butler será uma das referências teóricas neste texto. A pesquisadora defende a performatividade do gênero, e se propõe a analisar a generificação do corpo como uma construção social, isto é, como uma regulação dos sujeitos. A definição da mulher como performance seria, portanto, compreendida no uso das máscaras poéticas presentes na obra florbeliana, em que as figuras femininas serviam como tentativas de adequação ao modelo e imaginário vigente na sociedade patriarcal.