Cartas que transbordam: subversões tecidas no fazer psicologia com arte
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21799 |
Resumo: | Ao longo dos anos, as cartas transmitem conteúdos históricos, contextos sociais, vivências cotidianas. Existem algumas peculiaridades interessantes em sua escrita, pois a missiva inclui uma linguagem que carrega sentidos, que fala de um lugar situado, vivido, que conta histórias, onde o pessoal também é político. Nesta perspectiva, através da aposta teórica, metodológica e política de trocar cartas, em outras palavras, de criar outros modos de dialogar com o campo de pesquisa, o objetivo desta tese é apresentar o fazer psicologia com arte como articulação de possibilidades de subversões na vida e de fazer ver o que não se via. Participaram deste estudo oito mulheres que contaram suas histórias sobre o sentido da arte em suas trajetórias. Mulheres psicólogas, mulheres que foram clientes de um grupo psicoterápico, mulheres estagiárias de psicologia, mulheres que nem passaram pela academia. Mulheres que construíram artesanalmente e generosamente este estudo, arteiras nas palavras e pela vida. Através do transbordar das trocas de cartas, em que pequenas, porém, potentes histórias foram contadas - pela pesquisadora, pelas participantes -, acompanhamos os atores desta pesquisa, utilizando a Teoria Ator-Rede (TAR) para a construção desta investigação. A TAR é traduzida no inglês como Actor Network Theory - ANT - que, curiosamente, significa formiga. A formiga é aquela que percorre os pequenos caminhos, o trajeto, é a que segue as pistas, os vestígios, em uma rede heterogênea de humanos e não-humanos. Com isso, seguimos artesanalmente as narrativas, onde as manifestações artísticas presentes nas vidas dessas mulheres dialogadas com as experiências práticas de fazer psicologia com arte da pesquisadora performaram deslocamentos, abrindo possibilidades de expressão, de sensibilização, de subversão na vida, na academia. Histórias que saem das fôrmas encontrando formas outras de pesquisar, ser, agir. Histórias que afirmam existências, por vezes, invisibilizadas. Ademais, a partir das afetações vivenciadas pela autora, em cada encontro com o campo, uma produção artística, através do bordado, é integrada ao trabalho, como modo de tecer e entrelaçar o sentir, o fazer e o pensar. |