Biografia de uma biblioteca: o caso do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1838-1938)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20441 |
Resumo: | Esta tese tem como objeto de investigação a biblioteca do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Buscou-se apreender e analisar a formação e o desenvolvimento da biblioteca, entre 1838 e 1938. A primeira data corresponde à fundação do Instituto; a segunda marca o centenário de sua criação. A partir das atas e relatórios do Instituto, publicados na Revista da agremiação, observou-se que a biblioteca foi um elemento fundamental para a consecução da missão social do IHGB. Foram analisadas a dinâmica relativa ao financiamento das atividades da associação, principalmente, às concernentes à biblioteca. Apesar de ser uma instituição privada, recursos e dotações públicas foram fundamentais para a criação e expansão da biblioteca do IHGB. O IHGB conseguiu as benesses públicas por intermédio da atuação de seus sócios: agentes públicos e personalidades da sociedade que atuaram no Estado em favor do Instituto. O principal benfeitor da biblioteca do IHGB foi D. Pedro II. O Monarca doou livros, manuscritos e mapas; e aparelhou a biblioteca mediante a compra de mesa de estudos, estantes e armários. Uma das maiores doações ocorreu após a queda do seu regime: o ex-Monarca doou parte de seu acervo particular para a biblioteca do Instituto. Durante os primeiros anos da República, o Instituto enfrentou dificuldades. As dotações orçamentárias do novo governo foram reduzidas; além da crise financeira, a instituição era desfavorecida por ser associada ao Império. A situação foi sentida na biblioteca: não havia funcionários, mobiliário adequado para acondicionar o acervo, e recursos para compra de documentos e coleções para a memória da história e geografia pátria; ademais, a falta de espaço e mobiliário adequado fazia com que obras fossem deterioradas por insetos. A situação melhorou quando o Instituto se aproximou do governo republicano e passou a novamente contar com verbas públicas. Foi na presidência do barão do Rio Branco, e após, sua morte, do conde de Afonso Celso que o Instituto Histórico pleiteou importantes remodelações para secretaria, biblioteca, arquivo e museu, mas, isso graças à atuação do 1o secretário perpétuo do IHGB, Max Fleiuss. Constatou-se que sem o financiamento público, a biblioteca do IHGB não conseguiria reunir seu acervo e se manter em funcionamento no período analisado. |