Deficiência de vitamina D e menopausa: efeitos no fígado e no tecido adiposo periovariano de camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Borges, Celina Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18902
Resumo: No presente estudo, avaliamos o impacto da deficiência de vitamina D em camundongos fêmeas ovariectomizadas. A hipótese do nosso estudo é que a deficiência de vitamina D aumenta a inflamação no tecido adiposo e promove acúmulo de gordura hepática em modelo de menopausa. Camundongos C57BL/6 fêmeas, com três meses de idade, foram ovariectomizados ou não, e divididos em grupos controle (C, alimentado com dieta padrão), ovariectomizados (Ovx, alimentado com dieta padrão), controle sem vitamina D (C (D-), alimentado com dieta padrão sem vitamina D) e ovariectomizados sem vitamina D (Ovx (D-), alimentados com dieta padrão sem vitamina D) por doze semanas. Como resultados, no grupo Ovx (D-), houve resistência à insulina e intolerância à glicose, além do aumento da massa corporal. No fígado, houve aumento da esteatose hepática, com consequente aumento da lipogênese e inflamação, fatores que foram comprovados pelo aumento na expressão de genes e proteínas responsáveis pelo metabolismo lipídico. Além disso, houve redução da beta-oxidação de ácidos graxos. No tecido adiposo periovariano, a ovariectomia aumentou a área média dos adipócitos e a expressão proteica e gênica de citocinas pró-inflamatórias. Associado aos achados supracitados, houve aumento do metabolismo local da vitamina D, como forma de compensar a deficiência dessa vitamina. Em conclusão, os achados experimentais atuais são robustos e demonstram que a ovariectomia e a restrição dietética de vitamina D em camundongos têm efeitos adversos aditivos que levam a um aumento da massa corporal, da esteatose hepática e resistência à insulina. Esses achados estão ligados ao aumento dos marcadores de lipogênese e diminuição da beta-oxidação, predispondo ao acúmulo de gordura no fígado, assim como o aumento da inflamação no tecido adiposo periovariano.