Investigação dos mecanismos de ação hipoglicemiante do extrato bruto das folhas de myrcia bella cambess. em fígado, músculo esquelético e tecido adiposo em modelo de diabetes tipo 1 por estreptozotocina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vareda, Priscilla Maria Ponce
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152352
Resumo: O Diabetes mellitus (DM) é uma desordem metabólica caracterizada por hiperglicemia decorrente de defeitos na secreção ou ação da insulina, que acarreta distúrbios no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. A incidência do DM aumenta de maneira alarmante em todo o mundo e os estudos com plantas que possuam efeitos antidiabéticos despertam cada vez mais o interesse por parte de pesquisadores. Em resultados anteriores, observamos que camundongos induzidos por estreptozotocina exibiram melhora no quadro diabético após serem submetidos ao tratamento com extrato bruto das folhas de Myrcia bella. Neste trabalho, decidimos avaliar os mecanismos moleculares envolvidos nos processos de captação e armazenamento de glicose em tecidos periféricos como fígado, músculo esquelético e tecido adiposo neste modelo experimental. No mais, procuramos avaliar a atividade inibitória in vitro e in vivo do extrato de M. bella sobre as enzimas alfa glicosidase e alfa amilase, bem como o conteúdo de insulina no pâncreas. Camundongos diabéticos (STZ SAL e STZ EXT) e controles normoglicêmicos (CTL SAL e CTL EXT) foram tratados durante 21 dias com salina ou extrato bruto de M. bella na dose de 600 mg/kg. Foram coletados porções de fígado para avaliação da expressão de genes e proteínas envolvidos nos processos de glicogênese, glicogenólise e neoglicogênese. Ainda, amostras de músculo gastrocnêmio foram obtidas para avaliação de genes e proteínas envolvidas na via de sinalização de insulina e captação de glicose. Da mesma forma, a expressão das principais proteínas envolvidas na sinalização de insulina em tecido adiposo branco retroperitoneal também foi observada. O pâncreas foi coletado para avaliação do conteúdo de insulina. O tratamento com extrato bruto parece modular os processos de estoque e liberação de glicose no fígado de camundongos diabéticos (STZ EXT) através do aumento na expressão das proteínas glicogênio sintase e diminuição da expressão de PEPCK e glicose -6-fosfatase e dos respectivos genes responsáveis pela tradução das duas últimas. O tratamento com extrato de M. bella também promoveu aumento da expressão da proteína GLUT4 em tecido adiposo retroperitoneal de camundongos diabéticos (STZ EXT). Os ensaios in vitro e in vivo mostraram que o extrato é eficiente tanto na inibição das enzimas alfa glicosidase e alfa amilase assim como na diminuição da glicemia pós prandial, após ingestão de amido e maltose. Através dos resultados obtidos pudemos concluir, pelo menos em parte, que o extrato age na redução da glicemia de camundongos diabéticos através da modulação dos processos que regulam a captação, estoque e liberação de glicose pelo fígado. Ainda, sua ação também pode ser associada em parte pela captação de glicose pelo tecido adiposo, assim como pela inibição das enzimas alfa glicosidase e alfa amilase intestinais.