Docências TRANS em evidência: entre TRANSições, TRANSfobias e práticas pedagógicas TRANSformadoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Ernane Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17192
Resumo: A presente dissertação visa investigar como professoras transexuais foram constituindo sua atuação docente na articulação com suas constituições identitárias pautadas em como se tornaram professoras, como vivenciam sua docência nos espaços escolares e como enfrentaram ou ainda enfrentam as tensões, preconceitos e violências outras na escola. O texto fundamenta-se nos conceitos de transexualidade, gênero e normas de gênero, sexualidade e heteronormatividade. A questão propulsora para esta pesquisa foi a seguinte: Quando as pessoas trans começam a disputar o espaço da escola como docentes, que discursos circulam e se confrontam acerca do acesso e da permanência (ou não) destas professoras? A partir do conhecimento das trajetórias destas docentes, procura-se refletir sobre as possibilidades da prática pedagógica desencadeadora de vivências antissexistas e anti-lgbtfobicas no contexto da escola. Procurou-se, ainda, investigar violências, dilemas e desafios para o exercício docente conhecendo as nuances que envolvem a presença de professoras trans no ambiente escolar. Realizou-se, incialmente, um levantamento no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES para identificar produções sobre trabalhos envolvendo docência, travestilidades e transexualidades com o recorte na área de ‘educação’. Foi possível encontrar 74 trabalhos entre dissertações e teses nos últimos 15 anos. Por sua vez, não arriscaremos dizer se consideramos um número razoável ou bom de pesquisas na educação. Creio que, o fundamental seria o incentivo a estas produções nos espaços das universidades em maior escala, em todos os estados fazendo com que a sociedade reconheça e legitime a população LGBTQI+, sabemos que há ainda por parte da nossa população um preconceito real. Foram encontrados, inclusive, trabalhos realizados por professoras trans. Foram realizadas, também, conversas com 04 professoras "trans" e que ocorreram via plataformas digitais e com o uso aplicativos de mensagens pelo celular. Foram observadas diversas tentativas de resistência e [re]existência nos trabalhos produzidos, além de estratégias de compensação frente à discriminação, como ser a melhor professora frente as normatizações. Ao refletirmos acerca das narrativas formativas de professoras transexuais na educação, faz-se necessário dissolver ideias preconcebidas sobre corpo, identidade, orientação, gênero e sexualidade, para que possamos não necessitar de avaliar os corpos, os gêneros e as sexualidades das pessoas transexuais, mas aprender a partir deles.