A dimensão ecfrástica nos contos de E.T.A. Hoffmann: um estudo propedêutico para a abordagem de narrativas metamusicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ruthner, Simone Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6873
Resumo: O estudo da dimensão ecfrástica nos contos de E.T.A. Hoffmann contempla a relação entre as artes, nomeadamente, as articulações entre pintura, música e literatura, no processo criativo de suas narrativas musicais . Músico, escritor, crítico e esteta musical, além de jurista, o escritor alemão de Königsberg também se dedicou à pintura. A écfrase tem a sua origem na antiga oratória, de onde se estende às artes plásticas, em especial à pintura, revigora sua relevância para a literatura e pode ser identificada também na música, o que faz dela um dispositivo intermidial fecundo, na obra deste autor. A pesquisa, que visa dimensionar a interpenetração da música e da pintura na criação literária hoffmanniana, bem como as intuições teórico-críticas nela presentes, se organiza em três partes. O primeiro capítulo apresenta uma topografia artístico-biográfica de Hoffmann, colocando em foco as suas atividades na pintura e na música. O segundo capítulo apresenta as teorias que norteiam o cruzamento das fronteiras nas representações poéticas, a saber: os conceitos de écfrase, intermidialidade, Pathosformel e o Princípio serapiôntico. Dentre os vários teóricos que embasam este estudo, destacam-se Lessing, Clüver, Schröter, Bruhn, Mai Al-Nakib, Kumbier e Warburg, através das teorias de Tomlinson, colocadas em diálogo com as teorias do próprio Hoffmann. O terceiro capítulo testa o dispositivo da écfrase nos contos Die Fermate (A fermata) e Rat Krespel (Conselheiro Krespel), cujas análises resultam na constatação de que o topos ecfrástico leva à ideia de narrativa metamusical.