Análise das interações celulares envolvidas na regeneração do rim após o transplante de células mononucleares de medula óssea em ratos com hipertensão renovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fernandes, Mariana de Freitas Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12572
Resumo: A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Até o momento não existe tratamento específico para a DRC e o tratamento substitutivo da função renal, como diálise ou transplante renal é uma alternativa disponível. No entanto, devido ao alto custo dos tratamentos e a carência de órgãos, se faz necessário a busca por novas terapias, como a terapia celular utilizando as células-tronco. A terapia com células-tronco tem se destacado como um tratamento potencial para doenças crônicas, como a hipertensão renovascular. Porém, é necessário um entendimento maior da comunicação entre as células danificadas na presença das células-tronco transplantadas. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do transplante de células mononucleares de medula óssea (CMMO) na comunicação celular de células renais residentes de ratos com hipertensão renovascular induzida pelo modelo 2rins1clipe (2R1C). Ratos 2R1C receberam CMMO de ratos Lewis eGFP na região subcapsular quatro semanas após a clipagem. Então, 24 horas, 48 horas, 7 dias e 15 dias após o transplante das CMMO, os animais foram eutanasiados e os rins esquerdos foram coletados. A pressão arterial sistólica (PAS) foi mensurada semanalmente e os níveis de proteínas totais, creatinina e ureia, em amostras de plasma e urina, foram avaliados. Além disso, a morfologia, fibrose e a expressão de N- e E-caderina, renina, conexina 40 e nefrina foram investigadas por imunoperoxidase, imunofluorescência e western blotting. As CMMO GFP+ transplantadas foram quantificadas por citometria de fluxo e localizadas através da imunofluorescência. A terapia com CMMO GFP+ melhorou a função renal dos animais 2R1C, normalizando os níveis plasmáticos das proteínas totais, creatinina e ureia enquanto reduziu proteinúria e leucocitúria e ainda restaurou a expressão de nefrina. Além da função renal, a terapia celular levou ao restabelecimento da citoarquitetura do parênquima renal com a reestruturação de glomérulos e túbulos, junto com a redução da fibrose e do infiltrado celular. A expressão de N- e E-caderina foi restaurada, acompanhada desta melhora morfofuncional após o transplante das CMMO GFP+. A expressão da conexina 40 também foi restaurada, enquanto que a expressão de renina foi reduzida, contribuindo para a redução da PAS. A expressão da renina foi restrita às células justaglomerulares após transplante das CMMO GFP+. Também observamos que as CMMO GFP+ injetadas foram localizadas próximas aos glomérulos e túbulos no parênquima renal, preferencialmente nas regiões mais fibrosadas. Além disso, as CMMO GFP+ foram encontradas após 15 dias do transplante, aparentemente migrando do córtex para a medula ao longo do tempo. Portanto, estes dados sugerem que o transplante CMMO GFP+ foi capaz de melhorar os efeitos sistêmicos e locais causados pela estenose da artéria renal esquerda, promovendo a restauração da comunicação célula-célula nos segmentos tubular e glomerular, acompanhada pela restauração morfofuncional do rim de ratos 2R1C.