Variabilidade espacial e temporal na produção de propágulos em floresta de mangue de Guaratiba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cardoso, Carolina dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13863
Resumo: Nos sistemas florestais a distribuição de plantas adultas depende da disponibilidade de propágulos, seu recrutamento e desenvolvimento das plântulas. Assim, o conhecimento dos padrões de produção de propágulos é um dado importante sobre este ecossistema. Nas florestas de mangue de Guaratiba a produção de propágulos apresentou padrão sazonal, com picos no verão para Avicennia schaueriana e Rhizophora mangle, esta última com produção ao longo de todo o ano. Laguncularia racemosa teve baixos valores ao longo do monitoramento com um pico representativo apenas em 2012. Os resultados da ANOVA de medidas repetidas com 3 fatores (tipos fisiográficos, anos e áreas), quanto à biomassa, apontou para A. schaueriana diferença significativa entre os anos e as áreas, as interações anos/tipos fisiográficos e anos/tipos fisiográficos/áreas. R. mangle apresentou diferença significativa entre os anos e as áreas e nas interações tipos fisiográficos/locais. L. racemosa não apresentou diferença estatística para nenhum dos fatores testados. Dentre os parâmetros climáticos analisados (precipitação, evapotranspiração, armazenamento de água no solo e excedente/deficit hídrico), observou-se que não houve um controle claro destas variáveis na produção de propágulos. Todavia,quando considerado o período de floração até a queda dos propágulos de cada espécie foi identificado que o armazenamento de água no solo representa uma condição favorável para A.schaueriana. A variabilidade na produção de propágulos pode ser uma componente da resiliência deste ecossistema, observando a importância entre os tipos fisiográficos, as espécies e as áreas. Com tal variabilidade, podemos considerar que o sistema tem um potencial de liberação de propágulos, que pode ser entendido como a quantidade máxima de propágulos liberados em uma floresta, em um determinado período. O potencial de liberação de propágulos pode ser considerado uma importante característica na análise da resiliência do ecossistema