O que papai do céu não deu, a ciência vende : feminilidades de mulheres trans e travestis em privação de liberdade
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15225 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo acompanhar e discutir como se produzem feminilidades de mulheres trans e travestis no interior das prisões e explorar as expressões, definições e performatividades que atravessam as práticas discursivas de saber-poder que normatizam e engendram corpos e sexualidades. Ancorada por pistas metodológicas de autores(as) feministas e pós-estruturalistas que apostam em uma cartografia como compromisso teórico-político-metodológico e dos conceitos de liso e estriado desenvolvidos por Deleuze e Guattari, busquei por em análise noções e práticas relacionadas a gênero e sexualidades, bem como os atravessamentos de raça/cor, classe social, geração, nas trajetórias e nos processos de produção e/ou manutenção de feminilidades que são dobradas durante a experiência de privação de liberdade. A partir de entrevistas individuais e oficinas realizadas pelo Projeto Vida com mulheres trans e travestis privadas de liberdade, em duas unidades prisionais mistas do Rio de Janeiro, foi possível mapear as multiplicidades e possibilidades de produção e/ou manutenção de feminilidades. Investigou-se os movimentos, forças, tensões que, nos contornos das prisões, produzem novos afetos. Para tanto, os analisadores utilizados tais como as visitas familiares e os relacionamentos afetivo-sexuais possibilitaram acompanhar as linhas duras e flexíveis que se curvam, dobram e desdobram em linhas de fuga e novos modos de existência que, sob o prisma das dinâmicas institucionais, evidenciam os agenciamentos e as relações de poder que fazem criar estratégias de enfrentamento e resistência no interior das unidades prisionais mistas |