Aliada ou Vilã? O papel da Comunicação Alternativa e Ampliada no desenvolvimento da linguagem de crianças com TEA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Queiroz, Grazielle Ribeiro Lisboa Arnaud de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21796
Resumo: A presente pesquisa buscou verificar os impactos no desenvolvimento da linguagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que apresentam necessidades complexas de comunicação, quando orientadas a utilizar a Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA), especificamente pelo Programa PECS-Adaptado. Ainda, fomentar a importância do fonoaudiólogo na parceria com a escola para a elaboração de estratégias de inclusão do educando com TEA, articulando os saberes da saúde e da educação, bem como analisar os processos para que o uso da CAA utilizada no espaço terapêutico fosse ampliado para a escola. Participaram da pesquisa três crianças com idades entre quatro e seis anos, diagnosticadas com TEA e que apresentavam necessidades complexas de comunicação, como também oito profissionais das escolas onde as crianças estudavam. Devido ao seu caráter interdisciplinar, a pesquisa foi dividida em dois momentos, denominados: Etapa I e Etapa II. Ambas as etapas foram realizadas com as mesmas crianças, no entanto ocorreram em espaços diferentes (saúde e educação respectivamente). A Etapa I ocorreu em um Centro de Atenção Psicossocial Infanto- juvenil e buscou analisar o desenvolvimento da linguagem de cada participante, de modo individual, por meio de um delineamento quase experimental do tipo A-B. Na Etapa II, a pesquisa ocorreu nas escolas regulares de Educação Infantil, onde estudavam os participantes e contou com a participação dos professores da classe regular, mediadores e professores da sala de recursos. Na Etapa II foi realizado uma pesquisa de cunho qualitativo, que analisou a utilização da CAA pela criança no espaço escolar. A pesquisa evidenciou através da análise quantitativa que o uso da CAA trouxe benefícios comunicativos para alguns participantes, impactando no curso do desenvolvimento da linguagem destes. Foi observado que após o uso da CAA, houve a ampliação na emissão de palavras e frases durante os atos comunicativos de um dos participantes, enquanto os outros dois participantes mantiveram as características de suas vocalizações. A análise qualitativa realizada na escola, evidenciou grandes desafios para a implementação do uso da CAA na escola, como a pouca participação dos profissionais nos encontros de formação e os impactos das questões relativas à qualidade de ensino na efetivação de práticas inclusivas. A pesquisa demonstrou a relação entre o uso da CAA e o desenvolvimento da linguagem de crianças pequenas com TEA e ressaltou os benefícios observados no trabalho interdisciplinar entre a saúde e a educação para a inclusão de crianças com TEA. Sugere-se mais pesquisas, que busquem analisar os processos linguísticos envolvidos no desenvolvimento da linguagem de crianças com TEA que fazem uso da CAA e a importância das ações interdisciplinares no processo de inclusão destas crianças.