Comunicação alternativa e ampliada na sala de aula: dialogando com estudantes com TEA
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17293 |
Resumo: | Com o aumento de número de estudantes com Transtorno do Espectro Autista –TEA sem fala funcional em sala de aula, é necessário repensar a formação continuada dos professores que atuam diretamente com esses estudantes. No seu dia a dia, o professor enfrenta várias barreiras que impedem o avanço do processo de aprendizagem e a inclusão escolar. As principais são as dificuldades de comunicação e a interação. Para lidar com essa realidade, o professor necessita de conhecimentos específicos, bem como de trabalhar com os colegas da comunidade escolar, de estar aberto para rever sua prática e de ter como objetivo principal a busca de estratégias para que esse estudante tenha a oportunidade de expressar seus pensamentos e desejos. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo estruturar, implementar e verificar os efeitos de um programa de formação de professores de classe comum no uso da Comunicação Alternativa e Ampliada – CAA, a partir dos procedimentos do Programa PECS-Adaptado, por meio dos quais os professores puderam dialogar com estudantes com TEA sem fala funcional nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, o estudo emprega um delineamento quase experimental, intrassujeito do tipo A-B, ao observar os comportamentos comunicativos dos professores com seus estudantes na sala de aula regular em três momentos: Pré-linha de base, Linha de base e Intervenção. O estudo busca ainda verificar se o programa de formação de professores de classe comum no uso da Comunicação Alternativa e Ampliada – a partir dos procedimentos do PECS-adaptado com os professores atuando com estudantes com TEA sem fala funcional – afetou as habilidades comunicativas entre eles. A pesquisa apresenta uma análise qualitativa do comportamento comunicativo do professor de classe comum e suas interações com os estudantes sem fala funcional. Participaram do estudo duas professoras e três crianças com idades entre sete e dez anos, diagnosticadas com TEA e sem fala funcional. O estudo ocorreu em duas salas de aula de uma escola pública regular. Para analisar os dados, faz uso de quadros de categorias dos atos comunicativos dos participantes, a partir dos quais verifica as ocorrências em intervalos de cinco minutos. Os resultados demonstraram uma melhora na interação entre professores e estudantes, um aumento na frequência de episódios interativos efetivados e no nível de interesse dos estudantes nas atividades apresentadas. O planejamento das atividades por meio das discussões entre as professoras e a pesquisadora foi fundamental para melhorar a interação em sala de aula. A implementação do programa de formação melhorou a interação comunicativa entre os professores e estudantes e modificou de forma positiva a prática dos educadores; revelou, ainda, que o uso da CAA na classe comum favoreceu o diálogo e auxiliou nas atividades pedagógicas e nas relações sociais em diferentes contextos. O estudo aponta para a possibilidade de desdobramentos e aprofundamentos em pesquisas futuras. |