Negritude nas práticas pedagógicas da EEI-UFRJ: estudo das relações etnico- raciais na escola de educação infantil da UFRJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Miceli, Paulina de Almeida Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10777
Resumo: Encontrar as docentes, conhecer e reconhecer os caminhos pedagógicos que as levam para uma educação das relações étnico-raciais foi o propósito desta pesquisa que teve como campo a Escola de Educação Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro, escola em que já havia sido professora e que fazia parte do grupo das Unidades de Educação Infantil Universitárias investigadas pelo Grupo de Pesquisa Infância e Saber Docente- GPISD- da Universidade Federal do Rio de Janeiro do qual eu faço parte. O Brasil é reconhecidamente um país negro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, a partir de 2003, foi promulgada a Lei 10.639/03 que altera a LDBEN para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", por conta disso, e pensando no viés da Educação Infantil, busquei por objetivo estudar o fazer docente na EEI-UFRJ, analisando as produções de conhecimento dos docentes desta unidade e, para embasar meu olhar no campo, debrucei-me no documento do MEC intitulado Educação Infantil e práticas psicomotoras de igualdade racial publicado em 2012. Neste processo, o trabalho de pesquisa se constituiu em uma abordagem qualitativa, e teve a análise das produções de conhecimento, obtida através da análise dos cadernos de planejamento dos docentes, e o encontro como metodologia de ensino. O trabalho compõe-se de uma introdução e três capítulos. Na introdução me dedico a explorar os motivos que me levaram a desenvolver este estudo. Nele explico alguns conceitos levantados por mim, faço uma introdução ao conceito de Negritude, amparada em Munanga (1999. 2005) e trago ao leitor uma breve explicação dos capítulos da dissertação. O capítulo 1 dedico a contar a história do Movimento Negro e trago também Stuart Hall (2006) e suas concepções sobre o processo de identificação do negro. O segundo capítulo é dedicado à EEI-UFRJ, sua história, trajetória e o meu encontro neste lugar como professora e pesquisadora. No terceiro capítulo trago o encontro com o campo e com os atores que compõem este espaço. Exponho ainda as impressões, constatações e traduções que fiz sobre as observações e relatos sobre os encontros que o trabalho de campo me proporcionou, apresento os acontecimentos que muito elucidaram o caminhar dessa unidade de educação infantil até os dias atuais, as mudanças ocorridas e aquelas que estão no âmbito dos desejos, dos planos, das necessidades. Esta pesquisa revelou que as demandas com relação as questões étnico-raciais ficam a cargo das demandas trazidas pelas crianças e suas famílias. Há rastros do trabalho sobre os temas, mas não há sempre registros que expliquem como que este trabalho acontece, deixando estas descobertas no campo da memória e das narrativas. É necessário que o trabalho das relações étnico-raciais ganhe força no Projeto Político Pedagógico da escola a fim de que assegure sempre a temática nos planejamentos dos docentes