Simbiontes associados a ascídias solitárias na costa brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ramos, Brenda dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21711
Resumo: Este estudo avaliou a distribuição e abundância de metazoários endossimbiontes nas cavidades internas de ascídias em duas escalas no litoral brasileiro. A primeira, abrangendo quatro espécies de ascídias solitárias: Phallusia nigra Savigny, 1816, Herdmania pallida (Heller, 1878), Microcosmus exasperatus Heller, 1878 e Styela plicata (Lesueur, 1823) em uma baía tropical localizada ao Sul do estado do Rio de Janeiro, testou a hipótese de que cada espécie tem uma fauna simbiótica única, sendo influenciada pela localidade e época do ano. A segunda, avalia, em específico, os simbiontes presentes na espécie Phallusia nigra, entre os domínios biogeográficos tropical e temperado-quente, na costa do Atlântico Sudeste, entre as latitudes de 9oS e 23oS, e testou a hipótese de que a composição taxonômica dos simbiontes seria influenciada pela localização geográfica. Na Baía da Ilha Grande, foram registrados a associação de um total de 4034 simbiontes, pertencentes a 26 táxons às quatro espécies de ascídias. Um total de 1377 indivíduos pertencentes a oito diferentes táxons foram registrados como simbiontes de P. nigra na costa do Atlântico Sudeste. O táxon mais abundante e frequente foi o gênero de anfípode Leucothoe (Classe Malacostraca, Ordem Amphipoda), que foi registrado em todas as cavidades corporais de P. nigra, ao longo de toda a área estudada. Os demais táxons foram bastante raros, mas apesar disso, Tanaidacea, Copepoda e indivíduos de Polychaeta dos mais diversos gêneros foram registrados pela primeira vez como endossimbiontes de ascídias solitárias no litoral brasileiro. Não observamos nenhum padrão latitudinal para a riqueza de táxons, nem na distribuição dos simbiontes ao longo da BIG. No entanto, a densidade de Leucothoe variou entre locais, independentemente do tamanho corporal das ascídias. A ampla distribuição de P. nigra nos vários oceanos e alta abundância de simbiontes observada no presente estudo pode viabilizar, no futuro, importantes comparações biogeográficas e ambientais.