Antônio da Fonseca Soares e Gregório de Matos: uma análise transatlântica
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18466 |
Resumo: | A proposta de leitura dos poemas atribuídos a Gregório de Matos e Guerra em confronto com um conjunto de poemas de Antônio da Fonseca Soares, autores que estudavam os preceptistas do século XVII, procurando superar a maestria de autoridades como Góngora e Quevedo, se apresenta como estudo de caso propício para a análise das similaridades e diferenças entre a criação poética na metrópole Portugal e de sua principal colônia, bem como dos variados usos de ferramentas retórico-poéticas e tipológicas que se adaptassem ao meio em que foram produzidas. A partir do desdobramento dos lugares comuns mais utilizados e dos retratos dos tipos coloniais e metropolitanos abordados em ambos os textos, fica nítido que a poesia atribuída a Gregório de Matos tem como característica marcante o reflexo textual das relações de poder coloniais, e a de Antônio da Fonseca carrega uma forte preocupação com a própria estrutura do poema. O resultado da leitura dos dois conjuntos de textos revela que a hierarquia entre os caracteres criados para as encenações é a espinha dorsal que regula os usos das ferramentas retórico-poéticas, e que a pesada mão da hierarquia social é representada de maneiras diferentes nos dois conjuntos de textos: na colônia ela é onipresente e cruel, ainda que apresente possibilidades de redenção, e na metrópole ela é subentendida, mas irredutível quando consultada. |