Estudo sobre a logística reversa do óleo vegetal residual em contextos metropolitanos: o caso do município de Duque de Caxias - Estado do Rio de Janeiro - RJ
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Multidisciplinar BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14309 |
Resumo: | O óleo vegetal é utilizado no preparo de alimentos, gerando o óleo vegetal residual com elevado potencial poluidor quando descartado na rede de esgotos ou no solo. Contudo, esse resíduo pode ser coletado para ser reinserido em cadeias produtivas por meio da logística reversa, aportando benefícios econômicos, sociais e ambientais. No Brasil, por ano, são gerados mais de 309 milhões de litros de óleo vegetal residual. A Política Nacional de Resíduos Sólidos tornou obrigatória a logística reversa de resíduos pós-consumo para alguns setores produtivos, através de acordos setoriais. Até o presente não havia sido firmado um acordo para o setor de óleo vegetal. O objetivo deste estudo é analisar a cadeia produtiva da reciclagem do óleo vegetal residual, tendo como estudo de caso o município de Duque de Caxias e de seu entorno, com vistas a identificar as barreiras existentes na implantação de um sistema de logística reversa desse óleo na forma de um Arranjo Produtivo Local. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva em relação aos fins. O levantamento de dados foi feito por meio de revisão bibliográfica e documental, complementada pelo estudo de caso. No trabalho de campo, utilizou-se da observação direta, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas dirigidos aos representantes de setores selecionados: governamental, industrial, comercial (bares e restaurantes), cooperativas de catadores, recicladoras e associações de classe. Dentre as principais barreiras identificadas para a implantação da logística reversa do óleo vegetal residual no caso estudado, destacam-se: ausência do acordo setorial entre fabricantes, comerciantes e consumidores de óleos comestíveis; carência de incentivos à cadeia produtiva da reciclagem; atuação não integrada entre os atores e as ações governamentais; forte presença da informalidade nas atividades de coleta e destinação do óleo residual. Não existe um mecanismo de governança ou coordenação entre os setores pesquisados, fatores considerados importantes na organização de um Arranjo Produtivo Local. Conclui-se que qualquer proposta de implantação de logística reversa pós-consumo do óleo vegetal residual não pode estar desvinculada do contexto mais amplo da política pública de resíduos sólidos urbanos. Espera-se que esse estudo contribua com o aumento do conhecimento sobre o tema e para o fortalecimento das ações existentes com relação à gestão desse resíduo no estado do Rio de Janeiro. Tal esforço permitirá alcançar uma melhor qualidade de vida na região e uma maior sustentabilidade socioambiental |