Arquétipos de professoras alfabetizadoras de Duque de Caxias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Freitas, Sandra Neri Brito de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15853
Resumo: A pesquisa em questão tem como título: Arquétipos de professoras alfabetizadoras de Duque de Caxias, entendendo o conceito de arquétipos como defendido por Jung, imagens carregadas de emoção que se organizam como um holograma no nosso inconsciente que são fruto dos sentidos que atribuímos às nossas experiências pessoais e também daquelas experiências que herdamos de nossos ancestrais através do seu legado de sabedoria, luta e conhecimentos, indicando que há em cada uma de nós que trabalhamos na Educação Popular em Duque de Caxias, um pouco do espírito dos pioneiros e nos faz entender que nossa opção ideológica traz em si um posicionamento político, nos fazendo entender que a alfabetização tem como foco o desvelamento da realidade e a transformação social, onde a leitura e a escrita estão a serviço da leitura do texto e das intenções de seus autores e a escrita é vista por nós não como reprodução do dizer do outro, mas como expressão da própria voz, um texto com autoria e assinatura do seu autor. A pesquisa visa refletir a respeito das parcerias que os chamados Especialistas em Educação - Supervisores Educacionais de macro sistema e Orientadores Pedagógicos - têm desenvolvido ou não, para colaborar com o trabalho das professoras alfabetizadoras na alfabetização das crianças das classes populares em Duque de Caxias no sentido de construir um trabalho coletivo, onde a alfabetização seja vista em sua vertente política. O referência teórico que norteou a pesquisa contou com Michel de Certeau ao nos propor enxergar a cidade como “lugar praticado” que se configura pelas ações de sujeitos históricos, vidas que pulsam e interagem entre si, afetando o espaço e sendo afetadas por ele. Walter Benjamim também se faz presente através de três de seus conceitos: Memória/Rememoração como a possibilidade de ver o passado com os olhos de hoje, em permanente atualização, o conceito de Experiência que provoca a construção, partilha e recuperação de sentidos sobre a nossa própria existência e sobre o mundo, provocando uma transformação em nós. Libânio através de sua visão a respeito do Orientador Pedagógico, que nessa pesquisa se estende também ao Supervisor Educacional como profissionais que prestam assistência pedagógico-didática aos professores, auxiliando-os a conceber, construir e administrar situações de aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos educandos. Ainda se fazem presentes as considerações de Nilda Alves e Miriam Paura Grispim no tocante ao papel dos Supervisores Educacionais e dos Orientadores Pedagógicos. Emília Ferreiro, Ester Pilar Grossi, Madalena Freire, Pulo Freire e Regina Leite Garcia nos ajudam a compreender a importância da formação continuada das professoras alfabetizadoras, o papel formador dos supervisores de macro sistema e dos orientadores pedagógicos e o conceito de professor-pesquisador que originariamente é de SHON onde o professor é visto como autor de sua prática. Magda Soares e Wanderley Geraldi subsidiaram a pesquisa na visão do trabalho da alfabetização ser realizado a partir de textos reais sejam eles literários ou de problematização da vida, numa vertente discursiva, aquela que visa deixar em evidência a voz das crianças. Esta pesquisa pertence ao Campo da Pedagogia Social, que vem a ser uma ramificação da pedagogia que se preocupa diretamente com a inclusão das crianças em situação de vulnerabilidade social. Quanto à metodologia, a pesquisa em questão é híbrida, uma vez que a pesquisadora se propõe a andar na contramão do modelo hegemônico, assim ela não se encaixa em somente um modelo de pesquisa, mas em pelo menos três possibilidades: a Pesquisa-ação tendo por base os preceitos de Michel Thiolent onde todo o processo de pesquisa objetiva construir uma ação coletiva por parte das pessoas implicadas no processo de investigação com vistas a discussão e criação de soluções para minimizar e resolver um problema coletivo. Apresenta a narrativa e o aporte autobiográfico como fio condutor das histórias narradas a partir das experiências de uma supervisora de campo e de uma orientadora pedagógica, através do nome fictício de “Clarice”, onde a pesquisadora usando desse artifício se descola de sua pessoa para poder analisar suas ações e trajetória, no sentido de refletir sobre os sentidos do vivido nessa caminhada da autoformação. A pesquisadora se vale como fonte de estudo de entrevistas a professoras alfabetizadoras, orientadoras pedagógicas, supervisoras educacionais e crianças da Rede pública municipal em Duque de Caxias, além do caderno de campo de uma supervisora e uma orientadora pedagógica, escritas de crianças, textos infantis e Termos de Visita