Estudo clínico-genético em adolescentes e adultos jovens com Síndrome de Williams

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Serao, Cassio Luiz de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8814
Resumo: INTRODUÇÃO: A Síndrome de Williams é uma síndrome de genes contíguos de incidência aproximada de 1:10000 nascimentos. Ela ocorre devido a perda parcial de uma região específica de cerca de 27 genes no cromossomo 7q11.23. Foram relatadas na literatura diferenças clínicas em pacientes com diferente origem parental ou tamanho da anomalia. OBJETIVOS: Identificar se variabilidades clínicas ou laboratoriais dos pacientes com Síndrome de Williams se correlacionam com origem parental e tamanho da perda de material genético. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi desenvolvida e aplicada ficha clínica em 8 pacientes com Síndrome de Williams diagnosticados por genotipagem de microssatélites, técnica capaz de identificar tamanho e origem parental da perda genética RESULTADO: A maioria dos pacientes apresentam uma perda comum de 1,55 Mb de ADN em 7q11.23, área do genoma onde se encontram alguns genes com funções conhecidas, que em hemizigose são associados a componentes clínicos Síndrome de Williams. Destacam-se entre estes o gene ELN, associado a cardiopatia estrutural, o gene LIMK1, relacionado a déficit cognitivo visuo-espacial, o gene BAZ1B, vinculado a hipercalcemia, além do gene STX1A, contribuindo para a predisposição a diabetes em pacientes adultos com Síndrome de Williams. Identificamos um caso atípico de Síndrome de Williams, mantendo bialelismo para o gene GTF2IRD1, expresso no tecido osteoarticular no período embrionário. A presença de hiperatividade foi mais encontrada nos pacientes com deleção de origem paterna, mas a limitação amostral não nos permite descartar eventos estocásticos. A presença de dermatóglifos digitais atípicos na paciente com bialelismo do gene GTF2IRD1 pode sugerir uma correlação específica. CONCLUSÃO: O tamanho e a origem parental da anomalia genômica causadora da Síndrome de Williams pode interferir na expressão clínica da doença, sendo necessárias mais avaliações de correlação genótipo-fenótipo para corroborar esta hipótese.