Hermenêutica de Ricoeur - um desvio pela linguagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Jacira de Assis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22026
Resumo: A tese ricoeuriana de que “tudo é texto” faz com que o objeto da hermenêutica seja a coisa do texto, ou seja, o tipo de mundo que obra desdobra diante do texto. A hermenêutica de Ricoeur é uma teoria da interpretação que institui o texto como paradigma. Assim, a definição de hermenêutica em Ricoeur é, a teoria do que significa compreender em relação à interpretação de textos escritos. Ricoeur assimila um elemento crítico e reconstrutivo à hermenêutica, que possibilita compreender o que é interpretado e aquele que interpreta no mesmo movimento. O texto reflete o leitor e o leitor reflete o texto. Quanto ao mundo do texto, Ricoeur afirma que o problema do duplo sentido se desdobra no texto porque este tem um sentido múltiplo. Mas a questão dessa multiplicidade só se coloca se levarmos em consideração o conjunto no interior do qual são articulados acontecimentos, personagens, instituições, realidades naturais ou históricas; toda uma economia. Donde nosso autor afirma que o problema do múltiplo sentido constitui uma questão interdisciplinar, não se atendo à exegese no sentido bíblico ou profano, que deve ser tratado em um nível estratégico, num plano homólogo ao texto. O mundo do texto assinala a abertura em direção ao seu outro; para fora, à medida em que o mundo do texto constitui com à estrutura interna do texto uma intenção absolutamente original. Mas enquanto o texto não for lido, o mundo que o habita permanece uma transcendência na imanência.