Caracterização morfométrica e de uso e cobertura da terra da bacia hidrográfica do rio Jurumirim - Angra dos Reis, RJ: contribuição para gestão dos recursos hídricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sombra, Antônio Carlos da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13463
Resumo: O objetivo deste trabalho foi realizar uma caracterização morfométrica e de uso e cobertura da terra da bacia hidrográfica do rio Jurumirim - Angra dos Reis, como uma contribuição para gestão dos recursos hídricos. Um dos primeiros procedimentos realizados em análises hidrológicas ou ambientais é a caracterização morfométrica, que tem o objetivo de explicar as questões relacionadas com a dinâmica ambiental local e regional. A análise morfométrica da bacia do Jurumirim foi realizada a partir de parâmetros que determinaram as características geométricas, do relevo e da rede de drenagem. Foram analisados os seguintes índices morfométricos: área total, perímetro total, coeficiente de compacidade, fator de forma, índice de circularidade, padrão de drenagem, declividade e altitude, densidade de drenagem, ordem dos cursos d água, comprimento dos canais e do canal principal. Como procedimentos metodológicos, foram aplicadas técnicas do Geoprocessamento utilizando o software QGIS 2.10.1, para elaboração de mapas temáticos, mapeamento de uso e cobertura da terra, geração de mapas de hipsometria e declividade. Para a elaboração dos mapas de hipsometria e declividade, foi adquirido o modelo digital de elevação (MDE) SRTM do banco de dados geomorfométricos do Brasil. Na elaboração do mapa de uso da terra, foi utilizado o software Spring 5.2.7 para classificar uma imagem adquirida do satélite Landsat-8, sensor OLI, do ano de 2017, com resolução espacial de 30 m. Os resultados obtidos para a caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do Jurumirim, aponta para uma bacia de forma circular susceptível à enchentes mais acentuadas. Trata-se de uma bacia com área de 70 km², de quarta ordem e padrão de drenagem predominantemente dendrítico. A Floresta Ombrófila Densa primária e secundária cobrem de 68% de sua área, sendo que a vegetação secundária encontra-se em avançado estágio de regeneração. A divisão da bacia hidrográfica do Jurumirim por sub-bacias possibilitou um maior conhecimento sobre as peculiaridades relativas a cada uma dessas áreas (uso e ocupação, relevo, morfometria) em uma escala maior. Foram analisadas as características morfométricas e de uso e cobertura da terra das sub-bacias do rios zungu, da Guarda, da Figueira e Cantagalo, que foram selecionadas considerando a área e a hierarquia da rede de drenagem. A sub-bacia rio zungu apresenta a maior área de drenagem (16.36 km²) e o maior perímetro (19.26 km). O coeficiente de compacidade da sub-bacia do rio da Guarda (1.154), é o que mais se aproxima da unidade, o que indica uma forma circular, sendo que o índice de circularidade de (0.740), comprova esse fato. Todas as sub-bacias analisadas são de terceira ordem e apresentam um padrão de drenagem dendrítico, com exceção da sub bacia do rio da Figueira que apresenta um padrão mais próximo do paralelo. Em relação a declividade média do curso d'água principal, a sub bacia do rio da Figueira apresenta a maior declividade média (18.25%), indicando maior escoamento de água e menor tempo de concentração. Todas as sub-bacias possuem uma considerável cobertura florestal, acrescentando que a do Cantagalo, com a maior área de pastagem (29%) e um aterro sanitário, foi a que sofreu as maiores transformações.