Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Rodolfo Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27656
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Resumo: |
O crescimento contínuo da população e das cidades exerce pressão pela substituição da mata nativa por outros usos da terra, onde a ocupação desordenada da terra e variações climáticas colocam cada vez mais pessoas em situação de risco. A bacia do Rio Manhuaçu,MG possui grande importância mitigadora, pois é uma das maiores sub-bacias do Rio Doce, que foi atingido por um dos maiores desastres ambientais da mineração e a adoção de medidas mais eficazes para o manejo de bacias é essencial para a melhor gestão dos recurso hídricos. Dessa forma este trabalho teve por objetivo trabalho realizar estudos sobre a caracterização de sub- bacias, morfometria, do comportamento hidrológico e da qualidade do Rio Manhuaçu, e através dos resultados obtidos, subsidiar atividades de gestão que favoreçam a disponibilidade de água de boa qualidade para a população e contribuir para a restauração do Rio Doce. O estudo foi realizado na bacia hidrográfica do Rio Manhuaçu, sub-bacia do Rio Doce, localizada na região do médio rio Doce. Foram utilizados dados do MDE ASTER/DEM 30m para extração da hidrografia e delimitação das principais sub-bacias, foram utilizados dados de nascentes protegidas e cercadas para impedimento de pisoteio de animais e plantio de espécies arbóreas para a restauração florestal dessas áreas. Visitas a campo foram realizadas para avaliação das mudanças existentes na bacia referentes ao uso do solo e relevo. Na região montante da cidade de Manhuaçu foi realizada a caracterização morfométrica de 23 sub- bacias com ordenamento superior a 3a ordem e priorização de sub-bacias para manejo considerando as características morfométricas. Foi realizado um estudo da dinâmica da água em 16 sub-bacias por 14 meses e recomendada técnicas de manejo para as que apresentaram maior variação temporal da vazão. Foi realizada análise de qualidade de água de 6 locais importantes para a população de Manhuaçu e definido quais as prioridades de manejo para aumentar a infiltração de água no solo e proteção, visando aumentar a qualidade de água. A bacia do Rio Manhuaçu possui área de 8.805, 33 km2, correspondendo a 10,48% da bacia do Rio Doce. A bacia pode ser dividida em 31 sub-bacias hidrográficas acima de 4a ordem. A maior bacia foi a do Rio José Pedro, com 3.540,23 km. Ocorre um predomínio da cultura cafeeira nas regiões mais elevadas, próximas da cabeceira, ocorrendo mudança para pastagem sentido a foz, em Aimorés-MG. Atividades de proteção de nascentes ocorrem na bacia, sendo registrado 119 nascentes até março de 2019. Existe a necessidade de ampliação e adequação das técnicas de manejo visando aumentar a produção de água de qualidade e quantidade para a população na bacia do Rio Manhuaçu, MG. A caracterização morfométrica possibilitou avaliar os parâmetros mais representativos e avaliar o efeito destes parâmetros nos riscos de inundação e perda de água na região a montante da sede de Manhuaçu. A bacia do Rio Manhuaçu possui como principais parâmetros: índice de circularidade e razão de elongação, intensidade de drenagem e fator de forma. Dentre as sub-bacias analisadas, podemos destacar as sub-bacias 9, 10 e 23 por apresentarem elevada rede de drenagem e elevada amplitude altimétrica. A avaliação da dinâmica da água possibilitou indicar as sub-bacias do Córrego Manhuaçuzinho, São Sebastião, Palmital, Taquara Preta e o Rio São Luís como os que apresentaram maior variação temporal da vazão, sendo necessária a adoção de técnicas de manejo que favoreçam a infiltração de água no solo. A análise de qualidade de água que chega a sede do município de Manhuaçu é considerada ruim, segundo o IQA, para o mês de fevereiro. A sub-bacia que apresentou os piores parâmetros de qualidade foi o Córrego Bom Jesus. Com os resultados obtidos e continuação de novos estudos será possível à adoção de medidas de manejo pelos gestores da água presentes na bacia hidrográfica do Rio Manhuaçu. Palavras-chave: Bacia hidrográfica. Morfometria. Gestão de recursos hídricos. |