Representações e iconização na diocese iguaçuana em transição (1966 –1984): a visão de mundo de Dom Adrianna última redemocratizaçãoo e seu processo de memorização
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22963 |
Resumo: | Essa tese pensa o catolicismo brasileiro em suas nuances e tensões presentes nas representações sociais criadas pelos seus clérigos durante a última redemocratização. Tal objeto se justifica pela literatura especializada não buscar compreender as visões de mundo desses atores, não concebendo sua especificidade. Nesse sentido, a principal lacuna que pretendemos preencher é oferecer um modelo de entendimento das visões de mundo dos atores que possibilite compreender a multidimensionalidade de sua vivência religiosa e supere as apostas feitas por parte importante dos pesquisadores e cientistas sociais a respeito dos atores católicos durante a década de 1980. Por isso, nos perguntamos centralmente: qual a visão de mundo de Dom Adriano e seus clérigos, entre 1966 e 1984? Para isso, primeiro, vamos até os arquivos da diocese de Nova Iguaçu, situados nos bairros Moquetá e Parque Flora e, em concomitante, baixar os documentos de imprensa da diocese disponíveis na internet dessa época. Após essa etapa, classificamos os tipos de documentos, destacando a organização do arquivo e os documentos disponíveis. Depois, com auxílio do interlocutor (a pessoa responsável pelo arquivo), analiso as representações/conceitos utilizados pelo bispo e outros clérigos que produziram os documentos conectando tais arquivos com outras fontes históricas produzidas pela burocracia estatal (repressiva) à época. Como resultado, podemos dizer que a literatura especializada descura da vivência da religião, bem mais dinâmica e volúvel do que apenas dicotômica como nas classificações conservador/progressista. Isso porque, de certo modo, parte da literatura acabou por mimetizar uma versão nativa dos acontecimentos e da memória desses personagens que, paradoxalmente, foi conservada também pelos censores da ditadura. Como conclusão, temos que Dom Adriano e outros clérigos migram de uma visão de mundo que entendia Nova Iguaçu como ambiente hostil que necessitava de um rígido controle social para uma preocupação maior com direitos humanos, capitalismo e democracia. Desse modo, ressaltamos que apesar de ser uma pesquisa micro, ter um modelo de análise das representações do catolicismo nos ajuda a compreender melhor a história da religião e supera alguns dilemas em torno de figuras como Dom Eugênio Sales, Dom Adriano Hypólito e Dom Helder Câmara - centrais para história recente brasileira. |