Efeito do exercício físico moderado no reparo de lesões cutâneas em animais cronicamente estressados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Saguie, Bianca de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7802
Resumo: A inflamação prolongada induzida pelo estresse atrasa o reparo tecidual cutâneo. O exercício físico moderado pode inibir os efeitos adversos do estresse na pele através de um mecanismo anti-inflamatório. O objetivo desse estudo foi investigar o efeito do exercício moderado no reparo de lesões cutâneas de camundongos cronicamente estressados. Os camundongos foram treinados cinco vezes por semana na esteira ou não foram treinados. Em seguida foram submetidos ao estresse rotacional diário da 6ª semana até o dia da eutanásia. Na 8ª semana duas lesões excisionais totais foram criadas no dorso e coletadas 10 dias após, enquanto um grupo controle recebeu apenas as lesões. O exercício físico foi praticado simultaneamente ao estresse por duas semanas (ES+EXC) ou apenas previamente ao estresse (ES+EXP). Os resultados mostram que os níveis de normetanefrina plasmática estavam aumentados em todos os grupos estressados. Apenas o grupo ES+EXC potencializou esse efeito. O estresse atrasou a contração e re-epitelização da lesão, o grupo ES+EXC intensificou o atraso, e o grupo ES+EXP reverteu este efeito. O estresse atrasou a infiltração de neutrófilos e macrófagos no tecido de granulação tanto no grupo ES+SE quanto no grupo ES+EXC, mas esse efeito foi inibido pelo grupo ES+EXP. Todos os grupos estressados diminuíram a expressão de TNF-α no tecido de granulação. Dez dias após a lesão a quantidade de miofibroblastos estava aumentada no grupo ES+EXC, e reduzida no grupo ES+EXP. O estresse aumentou a expressão de TGF-β enquanto o grupo ES+EXC diminuiu, e o grupo ES+EXP apresentou valores semelhantes ao grupo controle. Os grupos estresse e ES+EXC diminuíram a síntese e alteraram a organização das fibras colágenas mas o grupo ES+EXP apresentou a mesma organização do grupo controle. O estresse aumentou a expressão de VEGF, enquanto ambos os grupos exercitados diminuíram. O estresse diminuiu a espessura da neo-epiderme, o grupo ES+EXC potencializou e o grupo ES+EXP inibiu este efeito. Em conclusão, o exercício moderado em associação ao estresse potencializa os efeitos deletérios do estresse atrasando o início da fase inflamatória, enquanto o exercício físico prévio ao estresse inibe este efeito.