Do altar à tribuna:os padres políticos na formação do Estado Nacional Brasileiro (1823-1841)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Souza, Françoise Jean de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12983
Resumo: Os anos transcorridos entre a emancipação política do Brasil e o término da experiência regencial caracterizaram-se pelos embates em torno da definição das linhas mestras do arranjo político que conformaria o novo Estado que se buscava forjar. Chamado a participar deste momento ímpar da história política brasileira, o clero apresentou-se como um dos segmentos numericamente mais fortes do Parlamento. Com base nesta constatação, o presente estudo busca compreender as íntimas relações estabelecidas entre religião e política no Império e como se deu a participação dos padres políticos no processo de construção das bases do Estado brasileiro. A partir da análise da trajetória dos padres presentes na Assembleia Constituinte de 1823 e na Assembleia Geral do Brasil, ao longo das quatro primeiras legislaturas do Império, transcorridas entre 1826 e 1841, procuramos lançar luz a três questões chave. A primeira refere-se à conjunção de fatores que levou os padres a entrarem para o mundo formal da política, via processo eleitoral. A segunda diz respeito a envolvimento do clero com as discussões que perpassaram a problemática da distribuição do poder entre o centro e a periferia do Império, entre poder executivo e legislativo, e entre o poder temporal e o espiritual. A terceira questão trata, por fim, das motivações religiosas que se encontravam por trás das inúmeras batalhas travadas pelos padres no Parlamento que traduziam sua expectativa de inaugurar uma nova fase da história do catolicismo brasileiro.