O opulento capitalista: café e escravidão na formação do patrimônio familiar do barão de Nova Friburgo (c. 1829-c. 1873)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Marreto, Rodrigo Marins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28182
Resumo: Nesta investigação, abordamos a formação das vilas de Cantagalo e Nova Friburgo ao longo do século XIX sob o impacto do recrudescimento da escravidão e da difusão da cafeicultura nos Sertões do Leste da Província Fluminense. Diante disso, dividimos esse estudo em duas partes, tencionando compreender as alternâncias entre as escalas macro e micro a partir da relação entre o desenvolvimento de Cantagalo e Nova Friburgo e os empreendimentos do Barão de Nova Friburgo. Primeiramente, abordamos os aspectos socioeconômicos das vilas para depois apresentarmos os aspectos referentes à acumulação e à concentração da propriedade escrava na vila de Cantagalo. Na segunda parte desta tese, examinamos a trajetória de Antônio Clemente Pinto, 1º Barão de Nova Friburgo, sua ascensão econômica e os símbolos de distinção social reunidos. Após esse aspecto mais geral, nos dedicamos ao estudo da formação e da estrutura do complexo agrário cafeeiro que articulava quinze propriedades em torno de um conjunto volumoso de trabalhadores escravos. Em seguida, concentramos nossa atenção no trabalho de escravos e livres, partindo do tráfico de escravos e realizando um diagnóstico das características demográficas das escravarias. Verificamos, ainda, a introdução dos colonos portugueses e as desventuras relacionadas à tentativa de expandir o trabalho livre nas propriedades do Barão de Nova Friburgo. Por fim, exploramos a construção da Casa Comissária Friburgo & Filhos, perscrutamos o balancete de 1861 e compreendemos como a firma se constituía como o centro dinâmico da agricultura escravista do Barão de Nova Friburgo.