Cooperativismo de consumo e apropriação do espaço geográfico: a atuação da Coop na região metropolitana de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Andrada, Anderson Francisco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23172
Resumo: Esta pesquisa investiga o cooperativismo de consumo, com foco na Coop que atua na Região Metropolitana de São Paulo e suas dinâmicas que desafiam a acumulação capitalista. Apesar de existirem muitas pesquisas acadêmicas sobre as cooperativas, o cooperativismo de consumo carece de trabalhos acadêmicos, principalmente na Geografia. O objetivo do trabalho produzido é trazer a discussão das cooperativas de consumo para o meio acadêmico, destacando seu caráter de apropriação do espaço geográfico pela comunidade em detrimentos de outras formas de apropriação privatizantes. Para tanto, utilizamos uma pesquisa qualitativa com uma série de documentos fornecidos pela própria Coop, assim como entrevistas realizadas com cooperados, trabalhadores da Cooperativa e suas lideranças, e ainda uma revisão bibliográfica centrada na história das cooperativas de consumo inglesas dos Séculos XVIII ao XX. Ao analisar as práticas da Coop, a tese observa sua capacidade de transformar certos pontos de espaço onde o mais - valor muda da direção que tipicamente iria em uma forma social capitalista. A partir de uma leitura do materialismo histórico, a tese analisa os caminhos da mais-valia e a capacidade da Coop de mudar esses caminhos. Apesar do seu potencial transformador com práticas anticapitalistas, a pesquisa realizada também apontou para o baixo grau de insurgência em engajamento das pessoas ligadas à Coop, o que denominamos de insurgência alienada. As ideias de um municipalismo libertário no qual a comunidade se apropria dos meios econômicos fizeram a tese analisar a capacidade da Coop de se verticalizar e mostrou que hoje é limitada. As entrevistas e documentos também revelaram uma Governança que, apesar de contar com mais de um milhão de pessoas com direito ao voto, conta com baixíssima adesão, fazendo a Coop apresentar uma potencial estrutura de governança pela comunidade, mas pouco aproveitada atualmente. A tese aponta para futuras investigações que podem ser realizadas para aumentar o debate sobre o cooperativismo de consumo como ferramenta de transformação anticapitalista, inclusive utilizado por movimentos sociais tipicamente insurgentes.