Propriedades Biogeoquímicas das Massas d'Água no Oceano Atlântico Tropical Oeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vieira, Renan Luis Evangelista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17127
Resumo: Neste estudo foram caracterizadas as propriedades químicas das massas de água no oceano Atlântico Tropical Oeste, de acordo com sua concentração de oxigênio e nutrientes inorgânicos dissolvidos: nitrato, nitrito, fosfato e silicato. Foram coletadas amostras de água em um total de 18 estações oceanográficas ao longo do transecto 38°W, de 02°S a 15°N, durante os cruzeiros PIRATA-BR XVII e XVIII, em novembro de 2017 e 2018. Nesta região, a circulação superficial e de subsuperfície no oceano Atlântico apresenta padrões sazonais complexos, sob influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). As amostras de água foram coletadas em garrafas Niskin fechadas em dez profundidades diferentes, armazenadas, congeladas e posteriormente analisadas por espectrofotometria. Além disso, dados do CTD-O2 forneceram medidas contínuas de salinidade, temperatura e oxigênio dissolvido, utilizadas para identificar as massas de água de acordo com seus índices termohalinos. Para auxiliar na caracterização, foram também analisados dados dos mesmos parâmetros biogeoquímicos referentes à base de dados GLODAPv.2, coletados entre 1990 e 2010 ao longo do transecto 35° W, entre as latitudes 03°S e 10°N. Seis massas de água foram identificadas na região com base em seus limites de densidade neutra: Água Tropical Superficial (AT, γn < 24,448 kg m-3); Águas Centrais do Atlântico Sul e do Atlântico Norte (ACAS e ACAN, γn 24,448 - 26,815 kg m-3); Água Intermediária Antártica (AIA, γn 26,815 - 27,7153 kg m-3); Água Profunda do Atlântico Norte (APAN, γn 27,7153 - 28,135 kg m-3); e Água de Fundo Antártica (AFA, γn > 28,135 kg m-3). Todas as massas d’água apresentaram baixíssima concentração de nitrito. A AT corresponde a uma água oligotrófica que apresenta baixas concentrações dos outros nutrientes, e alta concentração de oxigênio (~ 200 μmol/kg) devido às trocas gasosas com a atmosfera; as Águas Centrais ACAN e ACAS apresentam baixa concentração de nutrientes, atuando como regiões de transição entre a AT e a AIA; a AIA apresentou a maior concentração de fosfato (~ 1,35 μmol/kg) e de nitrato (~ 30 μmol/kg), e baixa concentração de O2 (~ 130 μmol/kg) dissolvido; a APAN apresentou a maior média de concentração de O2 (~ 250 μmol/kg), e concentrações intermediárias dos outros nutrientes; já a AFA foi a massa de água que apresentou a maior concentração de silicato (~ 80 μmol/kg), bem como uma elevada concentração de O2 (~ 240 μmol/kg), nitrato (~ 25 μmol/kg) e fosfato (~ 1,80 μmol/kg). Por fim, foi possível verificar que algumas massas de água possuem um ou mais nutrientes e parâmetros biogeoquímicos que apresentam concentrações específicas, auxiliando na sua identificação e caracterização. Como a alta concentração de nitrato e fosfato na AIA, e a alta concentração de silicato na AFA, comparado com as massas de água centrais e superficial.