Estudo comparativo entre o implante intraperitoneal de telas de polipropileno, polipropileno/poliglecaprone, poliéster/colágeno suíno e a sutura do plano musculoaponeurótico com poliglactina para reparo de defeito da parede abdominal de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribeiro, Waston Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19402
Resumo: Neste estudo, foi realizado o implante intraperitoneal de telas de polipropileno, telas separadoras de tecidos à base de polipropileno/poliglecaprone e poliéster/colágeno suíno em comparação à sutura aponeurótica com poliglactina para reparo de defeito induzido na parede abdominal de ratos (n=40). O estudo teve como objetivos analisar as complicações pós-operatórias, comparar a extensão e a intensidade das aderências formadas entre os órgãos intra-abdominais e as malhas implantadas ou a sutura do plano aponeurótico após 21 dias de pós-operatório; avaliar a resposta inflamatória tecidual, a reação tipo corpo estranho, a fibroplasia e a proporção do colágeno tipo I/III entre a sutura aponeurótica com poliglactina e o implante intraperitoneal de telas. A análise histológica foi realizada após coloração com Hematoxilina-Eosina para avaliação da resposta inflamatória tecidual e reação tipo corpo estranho, por sua vez, para avaliação da fibroplasia e análise do colágeno foram utilizadas a coloração pelo Picrosirius Red e a videomorfometria computadorizada. A deiscência parcial da ferida operatória foi a complicação mais prevalente em todos os grupos, com diferença significante entre o grupo da sutura com poliglactina e o grupo da tela de polipropileno/poliglecaprone, que apresentou o maior número de complicações (valor-p=0,005). O grupo de polipropileno apresentou maior comprometimento por aderências viscerais (valor-p=0,001) e maior grau de aderências intensas em relação às telas separadoras de tecidos (valor-p<0,001). O grupo de poliéster/colágeno suíno apresentou aderências mais intensas que o grupo polipropileno/poliglecaprone (valor-p=0,035). Os grupos com telas apresentou maior escore de inflamação (valor-p<0,05) e número de células gigantes (valor-p<0,05) em comparação ao grupo da sutura aponeurótica com poliglactina, que apresentou maior proporção tecidual de colágeno tipo I/III em relação às telas separadoras de tecido (valor-p<0,05). Não houve diferenças significantes entre os grupos com telas em relação ao escore de inflamação tecidual, reação tipo corpo estranho, fibroplasia e proporção de colágeno. O implante intraperitoneal de telas de polipropileno determinou o surgimento de extensas e firmes aderências com os órgãos intra-abdominais. O uso de telas separadoras de tecidos compostas de polipropileno/poliglecaprone ou poliéster/colágeno suíno reduziu a quantidade e o grau das aderências formadas. O implante da tela de polipropileno/ poliglecaprone determinou maior número de complicações pós-operatórias em relação ao grupo da sutura aponeurótica com poliglactina. O implante intraperitoneal de telas, especialmente, as telas de polipropileno/poliglecaprone e poliéster/colágeno suíno, determinou uma resposta inflamatória tecidual mais intensa e prolongada em comparação ao reparo com a sutura aponeurótica com poliglactina, e também foi associado à fibroplasia mais imatura, desorganizada, marcada por redução na proporção tecidual de colágeno tipo I/III e maior reação tipo corpo estranho, porém sem diferenças significantes entre o grupo de polipropileno e os grupos das telas separadoras de tecidos.