O Consumo de castanha do Brasil influencia positivamente os indicadores do perfil lipídico, da capacidade antioxidante e consequentemente a função microcirculatória em adolescentes obesos
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7324 |
Resumo: | A presente dissertação é apresentada em três artigos, sendo dois artigos de revisão e um experimental. O primeiro artigo de revisão trata da ação das oleaginosas sobre o metabolismo de lipídios e o desequilíbrio oxidativo e o segundo evidencia o uso da videocapilarocopia na prática clínica da obesidade. O artigo experimental mostra a influencia da inserção de castanha do Brasil (Bertholletia excelsa) na dieta de adolescentes obesas, tomando por princípio que a obesidade é caracterizada pelo excesso de tecido adiposo que induz a processos inflamatórios desencadeando o desequilíbrio do estado redox. Este processo é mais grave quando ocorre na fase jovem da vida e conseqüentemente induz a disfunção morfo-funcional. A ação das oleaginosas sobre os prejuízos causados pela obesidade não tem sido estudada em adolescentes. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do consumo da castanha do Brasil (Bertholletia excelsa) sobre a antropometria, a capacidade antioxidante, o metabolismo de lipídios e metabólico e as suas inter- relações com a função microcirculatória em adolescentes obesas. As 17 voluntárias com média deidade de 15,4 ± 2,0 anos e IMC médio 35,6 ± 3,3 kg/m2, participaram do estudo, durante 16 semanas. As adolescentes foram randomizadas em dois grupos, o grupo castanha do Brasil (GCB, n = 8) com inserção na dieta de 3 a 5 unidades de castanha do Brasil por dia e o grupo placebo (GP, n = 09). A antropometria foi avaliada por meio da mensuração da massa corporal, estatura e circunferência da cintura. O perfil metabólico foi avaliado pelas determinações de glicose plasmática, insulina, HOMA e proteína C reativa (PCR). O estado redox foi avaliado determinando-se as concentrações do F-8 isoprostano urinário (ISO), glutationa peroxidase (GPX) e LDL-oxidada (LDL-OX) plasmáticas. O metabolismo de lipídios sérico foi determinado através do colesterol total (CT), LDL-c, HDL-c e triglicerídeos (TG). A microcirculação foi avaliada por videocapilaroscopia do leito periungueal. Todos os indicadores foram avaliados no início do estudo (T0-basal) e após 16 semanas (T1). Ao longo do estudo as adolescentes de ambos os grupos não apresentaram diferenças na antropometria, no perfil metabólico e na concentração da GPx. As diferenças intra-grupo ocorreram somente no GCB, na redução dos níveis séricos de CT (p=0,01) e LDL-c (p=0,05) quando comparado T0 com T1. As alterações inter-grupo ocorreram em relação aos níveis séricos de triglicerídeos (p=0,05) e LDL-ox (p=0,03) que apresentaram valores menores no GCB quando comparado ao GP em T1. Nas adolescentes do GCB os parâmetros da microcirculação, apresentaram melhora da reperfusão tecidual (p=0,02) em comparação com o GP em T1. Em conclusão, os adolescentes que consumiram a castanha do Brasil, após 16 semanas, apresentaram melhora do metabolismo de lipídios, da capacidade antioxidante e da função microcirculatória. Esses efeitos podem ser atribuídos às elevadas concentrações de selênio, polifenóis e ácidos graxos mono e poliinsaturados presentes na castanha do Brasil |