Análise das unidades climáticas do Maciço da Pedra Branca(Rio de Janeiro): uma proposta a partir da Climatologia Geográfica
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19161 |
Resumo: | As mudanças no clima são cada vez mais evidentes, conforme disponibilizado pelo Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e precisam estar presentes no planejamento ambiental. Desse modo, os maciços costeiros possuem uma grande importância nos estudos do clima da cidade do Rio de Janeiro, por influenciarem na circulação e distribuição da umidade e dos ventos, e por concentrarem a maior parte das florestas. O maciço da Pedra Branca, dividido pelas vertentes: Norte; Oeste; e Leste, possui uma das maiores unidades de conservação (UC) urbana no mundo, o Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), localizado acima da cota 100 metros, e apresenta aspectos diferenciados no que tange a cobertura vegetal, com diversos estratos e estágios sucessionais, no uso e ocupação do solo, e na sua fisiografia que resultam em diferentes tipos de climas. Assim, o principal objetivo da tese é realizar a análise geográfica do clima no maciço da Pedra Branca, a partir de seus aspectos térmicos e higrométricos, visando estabelecer a delimitação das unidades climáticas de acordo com a Classificação de Novais (2019). Os pressupostos que trouxeram o embasamento teórico e epistemológico para a pesquisa alçaram-se na compreensão das escalas climáticas, das definições das unidades climáticas segundo Novais, e com o entendimento de como a vegetação pode influenciar no clima. Os resultados alcançados corresponderam diretamente com os objetivos específicos elencados, com o levantamento e análise dos aspectos geoambientais e geourbanos, gerando uma análise do clima, da geomorfologia, da pedologia, da hidrografia e da cobertura vegetal, e no que se refere ao uso e ocupação do solo no interior do PEPB e na sua zona de amortecimento. A delimitação das unidades climáticas foi realizada até a quinta hierarquia, encontrando diferentes unidades nas vertentes, identificaram-se um clima zonal, quente; três domínios: Tropical Ameno; Tropical e o Semiárido; os subdomínios de acordo com os meses secos (úmido, semiúmido, semisseco e seco); o tipo Litorâneo Sul do Brasil; e nos subtipos a principal unidade geomorfológica para as definições é dos Maciços Costeiros Fluminenses. A espacialização do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), do Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI) e do Índice de Vegetação Melhorado (EVI) mostraram que as vertentes norte e oeste são as mais degradadas. A Temperatura Superficial (TS) também apresentou resultados que corroboram com os que foram encontrados no NDVI, SAVI e EVI, com temperaturas maiores nas áreas que apresentaram menores índices, e com temperaturas mais baixas nas áreas com maiores valores de vegetação. Tais mapeamentos subsidiaram as delimitações das unidades climáticas, que também encontraram o suporte nas fotografias sobre os aspectos da vegetação dos trabalhos de campo que foram realizados. Espera-se que essa pesquisa possa oferecer um apoio para as ações de planejamento e nas futuras atualizações do plano de manejo do PEPB. Além de poder contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030. A preservação da vegetação nos maciços litorâneos tem papel fundamental na dinâmica da paisagem e na resiliência de seus recursos ambientais para a sociedade que vive em seu entorno. |