Biogeografia cladística e sistemática molecular de tatus do gênero Dasypus e uma abordagem filogeográfica da espécie D. novemcinctus (Mammalia, Cingulata, Dasypodidae)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5874 |
Resumo: | Dasypus representa um gênero de tatus que compreende em sete espécies viventes e duas fósseis: Dasypus hybridus, D. kappleri, D. novemcinctus, D. pilosus, D. sabanicola, D. septemcinctus, D. yepesi, D. bellus e D. punctatus. O objetivo desse estudo consistiu em reconhecer padrões de distribuição das espécies de Dasypus, buscando propor uma história evolutiva para o grupo. Além de analisar a variabilidade genética de diferentes populações de Dasypus novemcinctus. Para as análises biogeográficas, 612 registros de ocorrência das espécies de Dasypus foram analisados através da aplicação do método de Análise de Parcimônia de Brooks (BPA). As análises moleculares foram realizadas através da distância p, máxima de verossimilhança e rede de haplótipos (median-joining) de 99 sequências do gene mitocondrial Citocromo b de D. novemcinctus. Para a análise de sistemática foram incluídas sequências do GenBank das demais espécies de Dasypus e de outras espécies de tatus (Cabassous tatouay, Chaetophractus villosus, Chlamyphorus truncatus, Euphractus sexcinctus). As análises biogeográficas demonstraram que as regiões de Floresta Amazônica da América do Sul tiveram influência mais antiga para as espécies de Dasypus, ademais, sugerem também que a maior diversificação desse grupo tenha ocorrido durante o Quaternário. As análises moleculares sugerem quatro linhagens distintas (grupos I, II, III e IV) entre os haplótipos de D. novemcinctus. O Grupo I foi o maior formado, com 53 haplótipos e distribuição no Brasil, Paraguai e Peru. Nas análises sistemáticas as espécies D. sabanicola e D. yepesi foram posicionadas dentro desse grupo, sugerindo validade controversa ou espécies estritamente relacionadas. Entre os demais grupos, foi sugerido que: (1) a ocorrência de D. novemcinctus na América do Norte (Grupo II), possa ser reconsiderada a nível específico (e.g. D. mexicanus); (2) a região da Bacia Amazônica pode abrigar três eventuais linhagens distintas (Grupo III e dois haplótipos do Grupo IV); e (3) quatro haplótipos do Grupo IV podem corresponder à espécie D. septemcinctus. Conclui-se que a espécie D. novemcinctus possui ocorrências questionáveis e sua ampla distribuição precisa ser reconsiderada. Todas as análises reforçam a necessidade de uma revisão taxonômica para esse grupo a fim de elucidar lacunas quanto à validade e distribuição de algumas espécies, além disso, as análises moleculares demonstraram que o marcador genético Citocromo b foi eficaz na identificação de linhagens divergentes entre os haplótipos de D. novemcinctus |