Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Arteaga Uribe, Maria Clara |
Orientador(a): |
Venticinque, Eduardo Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12056
|
Resumo: |
O principal grupo de mamíferos escavadores da floresta Amazônica são os tatus. As tocas que esses organismos constroem afetam as condições físicas do solo e estão envolvidas em processos ecológicos, já que são usadas como refúgio por outros animais. As espécies de tatus registradas na Amazônia Central (Cabassous unicinctus, Dasypus novemcinctus, D. kappleri e Priodontes maximus) também são utilizadas como fonte de alimento por populações humanas e servem como reservatórios de parasitas causadores de importantes doenças tropicais. Pouco se conhece sobre a influência das características ambientais na escolha do local para construção de tocas por tatus. Considerando a carência de informação sobre o grupo, a sua importância ecológica e a forte pressão que seu habitat sofre com o processo de fragmentação, é fundamental investigar como os tatus respondem às condições naturais e modificadas da paisagem. Utilizando as tocas como fonte de informação, este trabalho determinou o efeito de características ambientais e da fragmentação no uso de habitat por tatus. Observou-se que as áreas baixas e inclinadas foram usadas de maneira preferencial por esses animais para construir suas tocas. Buracos deixados pelas raízes das árvores caídas foram também utilizados para fundar seus refúgios. A biomassa vegetal afetou negativamente o uso de habitat, enquanto que a granulometria do solo não teve nenhum efeito. As mudanças na cobertura de floresta primária não influenciaram a densidade, fundação nem a ativação de tocas, sugerindo que a matriz é permeável e permite o deslocamento dos tatus. Contudo, essas mudanças na paisagem influenciaram a manutenção de tocas ativas, demonstrando um efeito na permanência destes animais em áreas com baixa cobertura florestal. Assim, indicamos a importância de preservar a conectividade florestal nas áreas de entorno dos fragmentos para manter populações viáveis destes organismos. Conservar a mata ciliar também é fundamental para proteger as populações de tatus, uma vez que ajuda a preservar as áreas que apresentam maior densidade de tocas. |