Nível de evidência acerca da eficácia das vacinas disponíveis contra a infecção pelo vírus HPV: revisão sistemática
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/3925 |
Resumo: | Anualmente, surgem cerca de 500.000 novos casos de câncer cérvico-uterino e perto de 230.000 mulheres morrem, em todo mundo, acometidas por esta neoplasia, com especial destaque para os países em desenvolvimento. A infecção persistente pelo vírus HPV é condição necessária para a ocorrência desta doença e os tipos oncogênicos HPV 16 e HPV 18 são os responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer cérvico-uterino. Na última década, vacinas profiláticas contra o HPV foram desenvolvidas, objetivando reduzir a incidência do câncer cérvico-uterino, sendo indicadas prioritariamente a meninas adolescentes na faixa etária de 9 a 15 anos de idade. Atualmente, encontram-se disponíveis para comercialização e uso duas vacinas: Bivalente (para o HPV 16 e 18) e Quadrivalente (para os tipos 6, 11, 16, 18). Este trabalho objetivou realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a eficácia, em mulheres, das vacinas comercialmente disponíveis contra o HPV, com foco na avaliação da eficácia vacinal estratificada por grupos etários e desfechos. Dos 378 estudos identificados nas bases MEDLINE, LILACS e Cochrane Colaboration, 6 estudos clínicos controlados randomizados foram selecionados, correspondendo a 41.750 mulheres. As vacinas Quadrivalente e Bivalente reduziram significativamente o risco da ocorrência de lesões precursoras do câncer cérvico-uterino como o NIC2 em 96,9% (IC 95%, 90,2 99,0) e NIC3 em 96,2% (IC 95%, 89,0 98,7) nas análises por protocolo quando comparadas ao grupo controle. Somente um estudo MUÑOZ et al (2009) trazia os resultados de eficácia da vacina para o HPV por subgrupo etário, mas sua população de estudo foi de 3.819 mulheres de 24-45 anos, sem história prévia de infecção pelos subtipos vacinais (6, 11, 16 e 18), arroladas em um estudo multicêntrico randomizado com a vacina Quadrivalente controlado por placebo, com tempo de seguimento médio de 26 meses. Usando um desfecho que combinava infecção persistente por no mínimo 6 meses de duração, neoplasia intra-epitelial cervical e lesões genitais externas, encontrou uma eficácia de 91,8% (IC 95%, 67,1 99,1) para a faixa etária de 24 34 anos e de 88,6% (IC 95%, 51,9 98,7) para a faixa etária de 35 45 anos. A vacinação profilática pode prevenir a infecção pelo HPV em mulheres de 15 a 45 anos sem infecção prévia pelos subtipos virais cobertos pela vacina por pelo menos 5 anos, correspondendo ao tempo máximo de seguimento dos estudos incluídos nesta revisão. Para a avaliação da eficácia da vacina na incidência e mortalidade do câncer cervical será necessário, contudo, tempo maior de seguimento dos estudos |